Coordenador de Dilma chama de “manipulação” o vazamento de depoimentos
Edinho Silva, coordenador financeiro da campanha da presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, definiu o segundo turno das eleições como um “vale-tudo”, se referindo ao vazamento de depoimentos do caso Petrobras.
Publicado 13/10/2014 16:55
“Chegamos ao nível de manipulação de informação que só foi visto na eleição do Collor em 1989”, afirmou o coordenador. “Abriu-se uma guerra e temos de enfrentá-la, pois estão criando um vale-tudo sem precedentes e o exemplo disso é como o depoimento foi parar na imprensa”, pontuou.
Com base num acordo de delação premiada, Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, ambos presos na operação Lava Jato da Polícia Federal, afirmam que “grandes empresas” eram contratadas pela Petrobras com sobrepreço e que esses recursos eram entre eles e integrantes do PT, PP e PMDB. As declarações de ambos, no entanto, são cheias de acusações vagas como “esse era o comentário que pautava dentro da companhia” ou “tinha uma outra pessoa que operava a área de serviço que se eu não me engano era…”.
O coordenador da campanha afirma que “a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a Procuradoria Geral da República deveriam se posicionar” sobre o vazamento dos áudios à imprensa, que antecede o segundo turno das eleições. “Vai se criando um padrão de manipulação perigoso para todas as próximas eleições. Fico preocupado com o que vai acontecer com o futuro eleitoral”, enfatizou Edinho Silva.
Com informações de agências