Coordenador de Dilma chama de “manipulação” o vazamento de depoimentos

Edinho Silva, coordenador financeiro da campanha da presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, definiu o segundo turno das eleições como um “vale-tudo”, se referindo ao vazamento de depoimentos do caso Petrobras.

Edinho Silva coordenador de campanha da Dilma

“Chegamos ao nível de manipulação de informação que só foi visto na eleição do Collor em 1989”, afirmou o coordenador. “Abriu-se uma guerra e temos de enfrentá-la, pois estão criando um vale-tudo sem precedentes e o exemplo disso é como o depoimento foi parar na imprensa”, pontuou.

Com base num acordo de delação premiada, Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, ambos presos na operação Lava Jato da Polícia Federal, afirmam que “grandes empresas” eram contratadas pela Petrobras com sobrepreço e que esses recursos eram entre eles e integrantes do PT, PP e PMDB. As declarações de ambos, no entanto, são cheias de acusações vagas como “esse era o comentário que pautava dentro da companhia” ou “tinha uma outra pessoa que operava a área de serviço que se eu não me engano era…”.

O coordenador da campanha afirma que “a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a Procuradoria Geral da República deveriam se posicionar” sobre o vazamento dos áudios à imprensa, que antecede o segundo turno das eleições. “Vai se criando um padrão de manipulação perigoso para todas as próximas eleições. Fico preocupado com o que vai acontecer com o futuro eleitoral”, enfatizou Edinho Silva.

Com informações de agências