Em ato aberto, centrais sindicais manifestam apoio a Dilma
Cinco centrais sindicais com atuação na Bahia realizaram, nesta terça-feira (14/10), em Salvador, um ato aberto de apoio à reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT), na Praça da Piedade, considerada a Praça do Povo. No encontro, representantes das centrais destacaram os ganhos dos trabalhadores a partir do Governo Lula e dos riscos de retrocesso para a classe com a candidatura de Aécio Neves (PSDB).
Publicado 14/10/2014 15:31 | Editado 04/03/2020 16:15
Estiveram presentes a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Bahia), a CUT (Central Única dos Trabalhadores), a Nova Central, a Força Sindical e a UGT (União Geral dos Trabalhadores). Uma das principais questões tratadas no ato foi os ganhos sociais que o Brasil obteve, na última década, através das políticas como a de cotas e de distribuição de renda.
A corrupção, principal questão levantada por Aécio Neves para atacar o PT, também esteve na pauta. De acordo com Paulo César, representante do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro) e da CUT, o ex-diretor da Petrobrás acusado de um esquema de desvio de dinheiro, Paulo Roberto Costa, já estava na empresa antes do Governo Lula.
“Paulo Roberto é funcionário de carreira e já esteve no Governo FHC. Se existe corrupção, ela já vem de antes. A diferença é que agora há liberdade para a apuração, o que não era comum antes”, disse o representante da CUT. Paulo César ainda defendeu a Petrobrás e disse que as informações positivas, de crescimento da empresa, não são divulgadas.
Para o dirigente sindical, “quem deve falar da Petrobrás são os trabalhadores da Petrobrás porque são os que veem e reconhecem os avanços”. Ele explicou, também, que o apoio a Dilma é uma maneira de afastar a política neoliberal e a possibilidade de privatização da empresa pública.
Um dos representantes da CTB foi Geraldo Galindo, da categoria bancária, que reforçou o perfil “privatizador” do PSDB. Ele citou as declarações de Armínio Fraga, economista que Aécio pretende indicar para o Ministério da Fazenda, caso eleito. Através da imprensa, Fraga afirmou que os bancos públicos são “muito grandes” e que pretende reduzi-los.
“Depois de Lula, os bancos públicos foram reforçados. Agora, eles estão reerguidos e a serviço do povo. É através deles que os programas sociais se viabilizam. Eles [PSDB], que não tem o compromisso com o povo, querem privatizar os nossos bancos”, afirmou Geraldo Galindo.
O ato aberto da cindo centrais foi acompanhado por trabalhadores e estudantes da Praça da Piedade, além das milhares de pessoas que circulam pelo Centro de Salvador.
De Salvador,
Erikson Walla