Organizações rechaçam repressão do governo paraguaio a estudantes

A Frente Guasú, coalizão de partidos e organizações sociais paraguaias, e a Juventude Comunista rechaçaram nesta quarta-feira (15) o que denominaram ação repressiva do governo contra os estudantes secundários.

Educação Paraguai - Reprodução

Um documento da coordenação da Frente em Assunção assinalou como arbitrária e ilegal a prisão que sofre desde a quinta-feira passada o estudante Patricio Javier Flores, de nacionalidade chilena, realizada na via pública por pessoal de civil, sem identificação e em um veículo sem placas.

Afirmou que o estudante foi interrogado e amedrontado sem lhe informarem a causa de sua detenção e acrescentou que o procedimento tem cobertura mediática prévia ao se publicar a suposta ingerência de infiltrados nas salas para realizar trabalho ideológico.

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Acrescentou a Frente que a repressão e a perseguição ideológica e política vai chegando do campo à cidade e as questionadas práticas, amparadas na inconstitucional lei de militarização tendem a instalar na capital do país.

O agrupamento chama a todos os interessados para que exista uma democracia real no Paraguai a pronunciar contra o modelo repressivo do atual governo, o qual se pretende instalar da mão do Ministério Público.

Por sua vez, a Juventude Comunista Paraguaia declarou que o povo deve ser organizado e combater de maneira contundente o considerado como um ressurgir autoritário e a volta a um passado com o qual nunca se ajustaram contas.

A Frente propôs que existam milhares de pessoas presas, mortas ou feridas no campo e na cidade, prática dirigida contra os que resistem a um modelo cada vez mais violento que fumiga tóxicos no campo, oprime nas cidades e mata por protestar.

Considerou como sequestro a detenção do estudante chileno Patricio Javier Flores e criticou a decisão da promotoria de ter na mira outros quatro militantes da Federação de Estudantes Secundários, citados a declarar por exigir para o país uma educação de qualidade.

Chamamos o povo a estar alerta porque estes não são fatos isolados, são parte de um projeto de eliminação dos lutadores e de evitar de maneira preventiva a unidade do povo e exigimos ao governo a imediata liberdade do companheiro Flores, sentenciou a declaração.

Fonte: Prensa Latina