Lideranças de esquerda se reúnem em ato de apoio a Dilma no Rio

Mais de duzentas pessoas, entre lideranças de esquerda e personalidades políticas, se reuniram em um ato no Rio de Janeiro de apoio à reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Os estudantes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) que organizaram, na noite desta quinta-feira (16), o evento chamado Com Dilma, pelos Direitos Humanos.

Mais de duzentas pessoas, entre lideranças de esquerda e personalidades políticas, se reuniram em um ato no Rio de Janeiro de apoio à reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Os estudantes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) que organizaram, na noite desta quinta-feira (16), o evento "Com Dilma, pelos Direitos Humanos".

Compareceram parlamentares como Jandira Feghali, do PCdoB, Chico Alencar, Jean Wyllys e Marcelo Freixo, do Psol, Alessandro Molon e Carlos Minc, do PT, e João Vicente Goulart, filho do ex-presidente João Goulart, deposto pela Ditadura Militar em 1964.

Em sua fala, a deputada federal e líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali que assim como o Partido dela declarou apoio à presidenta Dilma desde o início, direcionou seu discurso à juventude, criticando os jovens que apoiam o PSDB. "Vocês tinham oito anos quando o Lula ganhou a eleição, mas precisam trabalhar e mostrar para os outros jovens o que foram os anos do PSDB no Brasil".

O deputado federal reeleito Chico Alencar fez duras críticas à candidatura de Aécio Neves. "Vim ao ato para seguir a orientação do meu partido, de não dar nenhum voto para Aécio. Estou aqui para dizer com todas as letras: Aécio Never (Nunca, trocadilho com o sobrenome do candidato do PSDB ). Falo em inglês porque, de repente, ele entende melhor assim. Do lado deles estão todos os saudosistas da ditadura, os homofóbicos e agressores de mulheres", afirmou Alencar.

Um dos parlamentares que participaram do evento, o deputado federal e presidente do diretório estadual do PSB, Glauber Braga, contrariou a orientação da executiva nacional do seu partido, que recomendou o voto em Aécio. Braga revelou que boa parte dos militantes socialistas do Rio, incluindo os de sua agremiação, também votarão na presidenta. "Não posso aceitar submissão ao candidato do PSDB. Não posso vestir essa camisa e não tenho medo das consequências dentro do meu partido", pontuou.

O deputado federal Jean Wyllys reafirmou seu voto crítico à reeleição de Dilma. "Votei contra o governo diversas vezes enquanto parlamentar, mas o Congresso que vamos ter a partir do ano que vem é muito conservador. Não pode estar alinhado com a presidenta. Por isso, o voto crítico em Dilma".

O ato contou ainda com lideranças estudantis, como o ex-presidente da UNE, Daniel Ilescu e militantes da UJS que também participaram do evento. Representantes da mídia alternativa do Rio também já confirmaram presença, entre eles integrantes do Centro de Estudos da Mídia Alternativa, Barão de Itararé. Na próxima quinta-feira Dilma fará um comício na Cinelândia no Rio.

A comunidade universitária da UERJ divulgou em nota o posicionamento no segundo turno presidencial: "A UERJ tem papel histórico na luta pelo combate às desigualdades e pela construção de um país mais igual. Primeira universidade a adotar o sistema de cotas, nossa universidade vive diariamente o retrato de um Brasil que, finalmente, avança pela educação e pela formação de profissionais de todas as origens e cores", aponta.

Mudança de local

Inicialmente, o evento seria realizado no auditório da Uerj. Porém, orientados por advogados, os estudantes decidiram mudar o ato para a Praça Maracanã, que fica a poucos metros da universidade, já que um ato político no local fere a legislação eleitoral, que proíbe essa atividade de campanha dentro de prédios públicos. Tomaz Miranda, membro do Centro Acadêmico de Direito e um dos organizadores do ato, comentou a medida. "Ficamos com medo do auditório não comportar todo mundo. Ninguém do TRE nos procurou para dizer que não podia, mas sabemos que a lei eleitoral proíbe esse tipo de ato".

Com informações O Dia