No Dia do Médico, deputados defendem fortalecimento do SUS 

Em homenagem ao Dia do Médico, que se comemora no dia 18 de outubro, os deputados do PCdoB, João Ananias (CE) e Jandira Feghali (RJ) – ambos médicos – defendem o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) para enfrentar os desafios no setor da saúde. E avaliam que o comprometimento dos profissionais é fundamental para o êxito da empreitada. 

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 Eles também falaram sobre as conquistas dos últimos 12 anos no setor da saúde, citando como exemplos a criação do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), a distribuição gratuita da vacina contra o HPV, a criação de mais de 100 novos cursos de Medicina no país e o investimento na atenção básica.

Os parlamentar destacaram também a criação do Programa Mais Médicos, que trouxe profissionais de diferentes nacionalidades para suprir a carência de médicos em diversas regiões do Brasil.

“Garantimos a presença de médicos para que o Programa Saúde da Família (PSF), que é um marco da história da saúde pública brasileira, avançasse ainda mais, possibilitando a assistência de mais de 50 milhões de pessoas. Isso é gigantesco”, destaca Ananias.

Presente em 3.785 municípios brasileiros e em 34 distritos indígenas, o Mais Médicos possui 14.462 médicos brasileiros e estrangeiros, sendo que 70% atua nos municípios mais necessitados, com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baixo ou muito baixo.

O programa, que foi criticado pela oposição e entidades médicas, é aprovada pela população e agora faz parte do programa de governo até do candidato adversário à Presidência da República, Aécio Neves.

Saúde +10

Para os parlamentares do PCdoB, o desafio agora é a aprovação, no Congresso Nacional, do Projeto de Iniciativa Popular denominado Saúde +10, que obriga a União a destinar 10% das receitas correntes brutas em saúde pública. “Precisamos resolver definitivamente o problema de financiamento da saúde pública. Para isso, temos de garantir uma fonte de financiamento perene“, afirma João Ananias.

A deputada Jandira Feghali, que é líder do PCdoB na Câmara, reforça que o subfinanciamento da saúde está entre os principais gargalos do setor. “Sem recursos à altura, o SUS não poderá vencer o enorme desafio que é garantir a universalidade do atendimento”, avalia.

Ele destaca que “temos defendido e lutado pela aprovação de matérias que consideramos estruturantes para tirar o SUS do atual quadro de subfinanciamento e a inadmissível inversão entre recursos públicos e privados”, afirma a parlamentar, citando o empenho da bancada do PCdoB na aprovação de matérias como o reajuste do valor da bolsa dos médicos residentes, a regulamentação da Emenda 29, que definiu os percentuais que a União, os Estados e os municípios aplicariam na área da saúde, entre outros.

Da Redação em Brasília
Com informações da Ass. Lid. PCdoB na Câmara