Ataques ucranianos provocam 10 mortes no leste do país

O chefe adjunto de defesa da proclamada República Popular de Donetsk (RPD), Eduard Basurin, confirmou nesta segunda-feira (20) que oito civis e dois militantes foram mortos no domingo, como resultado do bombardeio incessante das tropas ucranianas.

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Durante todo o dia houve ataques com armas pesadas, disse ele apontando como as áreas mais impactadas perto do aeroporto e da cidade de Donetsk, onde vivia a maior parte dos civis mortos.

Além dos mortos, nove militantes e cinco civis ficaram feridos, informou o porta-voz da RPD.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse no dia 17 de outubro que é importante estabelecer o mais rapidamente possível uma forma de reprimir os combates que prejudicam a população do sudeste ucraniano.

Isto tornará possível acabar com as hostilidades e as mortes de pessoas inocentes, disse o estadista após conversas em Milão com o seu homólogo ucraniano, Piotr Poroshenko.

Ao insistir que a resolução do conflito no país vizinho deve ser baseada no acordo selado durante o encontro de Minsk (Bielorrússia) no dia 20 de setembro, Putin ressaltou que a linha final de separação vai facilitar a cessação das hostilidades e evitar mais mortes de inocentes.

O chefe do Kremlin lamentou que nenhuma das partes envolvidas no conflito cumpram o que foi acordado, e expressou a esperança de que ambos os rebeldes e as forças repressivas de Kiev se comprometam a respeitar os protocolos estabelecidos.

Ele disse que durante as negociações foi acordado usar drones e outros equipamentos avançados para definir a origem dos ataques que ocorram.

O memorando assinado em Minsk estabelece a retirada das armas pesadas a 15 quilômetros de centros urbanos e a criação de uma área de segurança desmilitarizada de 30 quilômetros, o que foi ratificado pelos competidores com a assinatura de um acordo sobre a linha de separação.

Entretanto, os ataques contra civis continuam matando dezenas de civis mortos e feridos.

A crise provocada pelo golpe de Estado de 22 de Fevereiro piorou em abril, após o início de uma grande operação punitiva contra o povo de Donetsk e Lugansk, regiões que rejeitaram as novas autoridades impostas por Kiev.

Desde então, mais de três mil pessoas foram mortas segundo a ONU, e estima-se, pelo menos, em um milhão o número de pessoas que se refugiaram em outras áreas na Ucrânia ou da Rússia.

Fonte: Prensa Latina