Apagão é coisa do passado: carga do sistema elétrico sobe 3,9% ao ano

Enquanto os tucanos levam o sistema de abastecimento de água de São Paulo para o maior colapso da história, os governos Lula e Dilma deixam para trás o apagão de energia promovido por eles. Dados da Eletrobras apontam o crescimento de 3,9% ao ano da carga do sistema elétrico do País.

Presidente da Eletrobras José da Costa Carvalho Neto

Com isso, o Brasil sai de 554,6 GW, em 2013, para 817,7 GW, em 2023, um aumento de 47,43%. A informação foi dada pelo presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, durante a abertura do Power Brasil, evento que debate soluções para os novos desafios do setor de energia no País, sobre os maiores desafios do setor elétrico.

Em termos de potência instalada, o crescimento atingirá 56,33%, indo de 124,8 GW (2013) para 195,1 GW (2023). O crescimento da potência instalada garantirá uma maior segurança no abastecimento, ao mesmo tempo que permitirá o crescimento do País e a incorporação de um maior número de pessoas à rede de distribuição.

José da Costa prevê que a matriz elétrica nacional passará por um processo de transformação nos próximos dez anos em razão do esgotamento da fonte hídrica.

A hidreletricidade permanecerá como a fonte dominante, mas a sua participação cairá dos atuais 69% para 61% em 2023.

Em compensação, a fonte eólica saltará dos atuais 2% de participação para 12%, e a fonte solar, que hoje sequer consta da matriz, atingirá 2%, igualando-se ao carvão, ao óleo combustível e à energia nuclear.

Os investimentos totais, em usinas já contratadas, segundo o Plano Decenal de Energia 2013-2023, é de R$ 80,5 bilhões. “A Eletrobras planeja estar em 50% desses empreendimentos”, disse o presidente da empresa.

No médio prazo, a maneira mais sustentável para a continuidade da expansão do setor elétrico será a interligação energética da América do Sul, a exemplo do que já ocorre, por exemplo, na América Central, segundo a previsão do executivo.

Esse desafio, no entanto, não será vencido apenas pelo setor elétrico, pois demanda esforço diplomático do País, por envolver negociações entre estados e a assinatura de tratados internacionais.

Fonte: Eletrobras