Votações na ONU contra bloqueio a Cuba evidenciam isolamento dos EUA

"As votações na ONU contra o bloqueio econômico que os Estados Unidos mantêm contra Cuba evidenciam o isolamento internacional quase unânime no qual Washington se encontra hoje", afirmou o vice-diretor de Assuntos Multilaterais da chancelaria cubana, Pedro Luis Pedroso.

Campanha contra o bloqueio em Cuba - Reprodução

"Nem manobras, nem mentiras valeram para confundir a comunidade internacional", disse o diplomata depois de reafirmar que o apoio à ilha tem crescido nesses 23 anos que a resolução cubana foi apresentada perante as Nações Unidas.

Pedroso lembrou que este documento foi apresentado em 1992 e só votaram a favor 59 países. Naquele momento, a votação foi quase toda de países na região da América Latina e não chegava a expressar um apoio universal, como acontece atualmente.

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Em 1994, a União Europeia votou como conjunto, o que marcou um salto, pois essa foi a época mais difícil da economia cubana. Já em 2010, como destacou o diplomata, foi outro momento importante, pois o debate vai à sessão vespertina da Assembleia Geral da ONU, reflexo da necessidade dos Estados de expressar sua posição nesse contexto.

T"ambém começou a se acentuar a tendência ao debate sobre esse tema dentro dos grupos regionais como o G-77, o Caricom, os países não alinhados e os africanos", lembrou. Segundo Pedroso, a partir desse momento há um conjunto de grupos dessa índole que expressa seu consenso contra o bloqueio através de resoluções.

Crédito: Théa Rodrigues

A Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) se incorpora em 2012 e é expressão do consenso desta região. o diplomata comentou ainda que na história das votações, os Estados Unidos não alcançaram mais de quatro votos, o que diz muito sobre seu isolamento da estrutura multilateral que tem crescido a partir dos pronunciamentos adotados em foros internacionais, cúpulas ibero-americanas, entre outros.

"Hoje está evidente que essa política (do bloqueio) é obsoleta", afirmou o especialista.

Fonte: Prensa Latina