Catalães votam a favor da independência em consulta simbólica

Resultados preliminares, baseados nos votos de 88% dos colégios eleitorais, mostravam que 81% dos eleitores apoiavam a criação de um Estado independente para a região.

Aproximadamente 2,25 milhões de pessoas participaram da consulta, de 5,4 milhões que estavam aptas a votar. Houve boicote por parte dos eleitores contrários à independência da Catalunha, já que o pleito não foi considerado legal pelas autoridades espanholas.

Após votar, o presidente da Catalunha, Artur Mas, assumiu total responsabilidade pela consulta e pediu para que um plebiscito válido fosse feito em breve "para decidirmos o futuro de nosso país dentro da lei e de forma legal e correta".

O primeiro-ministro Espanhol, Mariano Rajoy, afirmou que a votação "não teria efeito algum". O governo espanhol nega-se a reconher o movimento com o argumento de que se trata-se de um tema de soberania e territorialidade e que por isso devem decidir todos os espanhóis e não a só uma parte, posição mantida de forma inflexível em todo o processo de debate sobre a votação.

Rajoy – a quem vários setores criticam a falta de propostas para negociar- fez questão de desqualificar o processo. "Nem é referendo, nem é consulta, nem é nada que lhe pareça", afirmou.

Mas, mesmo com os rechaços e obstáculos jurídicos, um amplo setor catalão decidiu expressar sua opinião em um ato talvez simbólico mas que marcará uma meta ao longo e complexo processo da relação da Catalunha com Espanha.

A Catalunha é uma região espanhola com 7,5 milhões de habitantes e apresenta um histórico de movimentos separatistas.

Fonte: Voz da Rússia e Prensa Latina