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Não Alinhados repudiam manipulação política do Conselho de Segurança

O Movimento dos Países Não Alinhados (Noal) repudiou na quarta-feira (12) nas Nações Unidas a "seletividade" e outras formas de manipulação do Conselho de Segurança da organização, com o objetivos políticos e em detrimento dos Estados do Sul.

Gholam Hossein Dehqani

Quando algumas potências utilizam o organismo como uma ferramenta em função de seus interesses, o mandato outorgado pela Carta da ONU ao orgão não é cumprido, porque os problemas se agravam em lugar de serem solucionados, advertiu na Assembleia Geral o representante do Irã, que preside a organização de 120 países.

Ao intervir em um debate da Assembleia sobre a representatividade do Conselho, o embaixador e encarregado de negócios iraniano, Hossein Dehghani, exigiu que o orgão de 15 membros preste contas de sua atuação, não extrapole suas funções e trabalhe de maneira imparcial e de modo não seletivo.

Segundo o diplomata, o Movimento dos Países Não Alinhados está muito preocupado com a imposição de sanções a Estados em desenvolvimento, e pede que estas sejam utilizadas somente quando esgotadas outras possibilidades e sempre sob marcos bem definidos, objetividade e limites de duração.

Dehghani também pediu pelo fim da ambiguidade nas ações do Conselho de Segurança.

Recentemente, o orgão reagiu rápido com ameaças ou autorização do uso da força em alguns casos, enquanto que em outros mantém silêncio.

Países do Noal criticaram as intervenções militares como as lançadas contra o Iraque (2003) ou a Líbia (2011), enquanto Israel coloniza e agride com impunidade os territórios ocupados palestinos, sob o amparo da proteção dos Estados Unidos, que gozam do privilégio do veto no Conselho.

Em nome do Movimento, o Irã defendeu no foro a reforma do Conselho de Segurança, "como um assunto que deve ser empreendido o quanto antes, de uma maneira transparente e equilibrada".

As transformações, entre elas a inclusão de novos membros, devem refletir os interesses das nações pobres e ricas, sublinhou o embaixador.

Fonte: Prensa Latina