Lei de imigração nos EUA: Democratas felicitam Obama

Parlamentares democratas aclamaram a decisão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de tomar uma ação decisiva para deter as deportações de milhões de imigrantes sem documentos.

Barack Obama

Um grupo de importantes figuras do Partido Democrata na Câmara dos Representantes se pronunciou na noite de quinta-feira (20), depois de Obama revelar a medida em um discurso exibido pela televisão em cadeia nacional.

A congressista Nancy Pelosi, líder da minoria, qualificou a ação presidencial como um ato audaz e valente.

"Mas isso não significa que não seria bom para nós ter um projeto de lei, e algumas das disposições ainda terão bastante atraso para serem tomadas", agregou Pelosi.

"Há tempo para que os republicanos possam aprovar um projeto de lei de imigração", disse.

Por sua vez, a nova chefe do Caucus Hispano do Congresso, a representante Linda Sánchez, da Califórnia, afirmou que a ação executiva de Obama é um passo "audaz" na direção correta mas não é uma "solução permanente", enquanto que o representante do Arizona, Raúl Grijalva, comentou que as mudanças marcam "um ponto de inflexão para a nação".

Luis Gutiérrez, representante de Illinois, e um dos mais ardentes defensores de uma reforma migratória, elogiou a coragem do presidente Obama, mas ressaltou a necessidade de uma solução permanente.

"Temos todos de reconhecer que nenhuma ação executiva substitui uma lei, assim o desafio fundamental é conseguir a legislação por meio de Câmara dos Representantes, controlada pelos republicanos", afirmou Gutiérrez.

O Senado havia aprovado um projeto de lei de reforma da lei de imigração em junho de 2013, com um amplo apoio bipartidário, mas os líderes republicanos da câmara baixa se negaram a considerá-lo.

O presidente Obama disse que sua ação executiva foi designada para ajudar a manter as famílias unidas, diante da inação do Congresso, e pediu que se tomem as medidas necessárias para evitar as medidas unilaterais da Casa Branca.

"O dia que assinar esse projeto e que ele virar lei, não será necessário tomar essas ações", sublinhou Obama em seu discurso de quinta.

Fonte: Prensa Latina