Polícia e manifestantes entram em confronto no México
A polícia mexicana entrou em confronto com um grupo de manifestantes próximo ao Palácio Nacional da Cidade do México, durante uma marcha de protesto contra o desaparecimento de 43 estudantes no país. O caso se tornou uma bandeira de luta para os mexicanos, fartos da violência e da impunidade.
Publicado 21/11/2014 09:41

Os estudantes de magistério desapareceram em setembro e, de acordo com a confissão de três suspeitos, podem ter sido massacrados por narcotraficantes em cumplicidade com as autoridades locais. Os 43 estudantes da Escola Normal Rural de Ayotzinapa, no sul do país, foram alegadamente entregues por policiais a membros do grupo chamado "Guerreiros Unidos".
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A manifestação foi dividida em três marchas, que receberam o nome de estudantes desaparecidos e cujo objetivo era chegar à praça do Zócalo, na Cidade do México, frequente palco de protestos. O local foi tomado por soldados, que não deixaram espaço para a tradicional parada de 20 de novembro, o aniversário da Revolução Mexicana de 1910.
A polícia lançou água sobre os manifestantes que, por sua vez, se voltaram contra os agentes de segurança e lançaram bombas na direção do palácio, usado para cerimônias oficias pelo presidente Enrique Pena Nieto. Quinze pessoas foram presos e dois policiais ficaram feridos, segundo as autoridades.
Peña Nieto mostrou desinteresse no caso dos estudantes de Iguala, transferindo a responsabilidade para o estado de Guerrero. O único encontro do presidente com os pais dos jovens desaparecidos até o momento ocorreu seis semanas após o sumiço.
Da redação do Portal Vermelho,
Com informações da Agência Brasil e do Correio do Brasil