Governo de Israel aprova projeto que define o país como "judeu"

O Conselho de Ministros do governo de Benjamin Netanyahu aprovou neste domingo (23) o projeto sionista que define Israel como "estado judeu", após uma conturbada sessão com integrantes de ministérios.

Benjamin Netanyahu primeiro ministro israel - EFE

Os três partidos de direita que compõem o governo – Likud, Yisrael Beiteinu e Lar Judeu – conseguiram aprovar o projeto, que teve voz contrária dos ministros que pertencem ao centrista Yesh Atid, e das ministra Tzipi Livni, da Justiça, e de esporte Limor Livnat.

"No Estado de Israel, há igualdade individual para todos os cidadãos, mas o direito nacional (está reservado) só para o povo judeu", disse Netanyahu ao abrir a sessão do Conselho.

O projeto de lei, proposto por quatro deputados de extrema-direita, foi aprovado com placar de 15 votos a favor e 7 contra.

Líder do partido Yesh Atid, o ministro das Finanças, Yair Lapid, descreveu a lei como "fatal e redigida unicamente para as primárias do Likud", enquanto vários outros ministros lembraram o policial druso morto nesta semana defendendo uma sinagoga para apelar ao bom julgamento dos titulares das pastas.

"O que dirão à família dele, que é um cidadão de segunda classe?", queixaram-se ao exigir a Netanyahu que reconsiderasse sua posição.O projeto de lei faz parte da política do Likud e do Yisrael Beiteinu desde o último mandato, e há meses é discutido para se chegar a uma fórmula de consenso para todos os partidos no governo.

Quando o texto chegar ao Congresso, o premiê deverá modificá-lo para conseguir sua aprovação, alterando alguns pontos da lei para que, retoricamente, ela não seja acusada de lei antidemocrática ou "racista".

Os povos não-judeus que vivem no país têm certeza que a nova lei alterará para pior os direitos civis.

Do Portal Vermelho, com agências