Assembleia Nacional francesa aprova reconhecimento do Estado palestino

Os deputados franceses, nesta terça-feira (2), seguiram os passos de seus colegas britânicos e espanhóis e aprovaram uma resolução para o reconhecimento de um Estado palestino independente, apesar da pressão de Israel.

Nakba - World Bulletin

A iniciativa, aprovada por 339 votos a favor e 151 contra, salienta que esta é uma maneira importante de encontrar uma solução definitiva para o conflito no Oriente Médio.

A resolução reconhece o direito inalienável do povo palestino à autodeterminação, ao denunciar a continua violência e os assentamentos israelenses ilegais nos territórios ocupados.

Embora não tenha força obrigatória, o texto exige que o governo "reconheça um Estado palestino democrático e viável ao lado de Israel, com base nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital".

O projeto foi aprovado com o apoio dos legisladores do governo do Partido Socialista, ambientalistas e grupos de esquerda; enquanto o conservador União por um Movimento Popular e a União dos Democratas Independentes votaram contra.

Com a adoção da iniciativa, a Assembleia Nacional francesa une-se aos parlamentos da Espanha e do Reino Unido, que, recentemente, deram passos nessa direção.

Em 18 de novembro, o Congresso da Espanha aprovou, com o apoio de todos os grupos partidários, um projeto de lei que insta o governo a reconhecer a Palestina como um Estado.

Um mês antes, o Parlamento britânico aprovou igualmente uma resolução não vinculativa na mesma direção.

Na União Europeia, o governo da Suécia foi o primeiro a reconhecer oficialmente a Palestina, o que foi um marco na política externa.

Essa decisão levou à rejeição do regime israelense, que convocou o seu embaixador em Estocolmo e ameaçou retirar o seu representante na Suécia.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também pressiona o Parlamento francês e disse que o reconhecimento seria "irresponsável", mas essas ameaças não impediram o voto pró-palestino.

Este reconhecimento de parlamentos europeus, embora ainda aconteçam de forma tímida, são uma vitória do povo palestino e uma demonstração de que Israel está cada vez mais isolado em sua política imperialista.

Fonte: Prensa Latina