Coordenação Nacional da UBM se reúne e traça diretrizes para 2015

Em reunião realizada no último domingo (7) na capital paulista, a coordenação nacional da União Brasileira de Mulheres (UBM) fez um balanço do quadro político atual e definiu eixos de lutas da entidade, agendas e metas para 2015.

- UBM

A 1ª reunião da Coordenação Nacional eleita no último congresso da União Brasileira de Mulheres (UBM), em junho de 2014, contou com a presença da deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG), coordenadora da bancada feminina da Câmara e primeira coordenadora nacional da UBM.

A atividade contou ainda com mais de 40 lideranças ubemistas de todas as regiões do Brasil, que afirmaram sua disposição para lutar pela Reforma Política Democrática e lançaram a consigna “Nenhum Direito a Menos: Reforma Política com alternância de gênero já!”. Esta deve balizar a agenda da entidade para 2015.

Jô fez uma introdução da reunião abordando aspectos do feminismo emancipacionista e o papel dos movimentos sociais e das estruturas do Estado na atual quadra de defensiva histórica, cuja expressão se dá no crescimento do conservadorismo no seio da sociedade, com reflexos no Congresso. A deputada emancipacionista afirma que deve haver luta intensa na sociedade e resistência no Parlamento pela defesa dos direitos da mulher.

Reformas estruturantes e defesa da democracia

A UBM se empenhará ainda mais pela coleta de assinaturas para o projeto de iniciativa popular da Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, sem financiamento empresarial das campanhas e voto em lista com alternância de gênero. [Conheça a proposta da Coalizão e o guia para coleta de assinaturas aqui]. A luta pela Reforma Política Democrática deve estar no centro da pauta do 8 de Março, bem como a construção e estruturação de núcleos da UBM pelo Brasil inteiro e o desenvolvimento de uma massiva campanha de filiação de março a agosto de 2015.

A necessidade de democratizar a mídia também foi pauta entre as feministas, que reforçarão a coleta de assinaturas pelo projeto de lei de iniciativa popular da Mídia Democrática. A defesa da democracia, o papel do governo nacional-popular e a necessidade de garantir a posse e o mandato da presidenta Dilma Rousseff também foram temas debatidos entre as dirigentes. A UBM deliberou por uma expressiva presença da entidade na posse da presidenta reeleita.

A luta por uma sociedade mais inclusiva, com educação não sexista e onde seja respeitada a laicidade do Estado também será fundamental na defesa da democracia, dos direitos das mulheres e do avanço do Brasil.

2015 em marcha

O ano de 2015 também ficará marcado pela realização de expressivas marchas de mulheres: a Marcha das Mulheres Negras, em maio, e a Marcha das Margaridas, em agosto, ambas em Brasília. A UBM construirá decididamente ambas, com engajamento nacional da entidade para garantir uma ampla mobilização.

A luta pela aprovação do Projeto de Lei 6653/2009, o chamado PL da Igualdade, que institui que mulheres homens devem receber obrigatoriamente o mesmo salário pelo mesmo trabalho e que estabelece punições para o ente contratante que a descumprir também será uma prioridade das emancipacionistas, em estreita parceria a Central de Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil (CTB). Além da luta pela construção de creches.

Também foi objeto de debate a estruturação material, política e orgânica da entidade através da construção de núcleos e coletivos ubemistas em todo o Brasil, apostando em novas formas de comunicação, sobretudo entre as trabalhadoras e nas periferias.

Veja a galeria de fotos da 1ª reunião da UBM Nacional.

Fonte: Comunicação/UBM