Palestina pede que a ONU dê um prazo para o fim da ocupação israelense

A proposta será apresentada ao Conselho de Segurança pela delegação da Jordânia, em sua qualidade de membro suplente, nos termos de uma resolução aprovada, semanas atrás, pela Liga Árabe, durante uma reunião de ministros das Relações Exteriores, no Cairo, capital egípcia.

“Continuamos consultas por uma resolução do Conselho de Segurança que preserve a solução de dois Estados e um quadro específico para terminar urgentemente com a ocupação”, disse Erekat.

Erekat, que chefiou a delegação palestina para as negociações de paz fracassadas após a suspenção por parte de Israel, em abril, revelou que "estamos recebendo ajuda de muitas nações no Conselho de Segurança", mas se recusou a entrar em detalhes.

Recentemente, os parlamentos britânico, espanhol e francês analisaram recomendações para que seus respectivos governos reconheçam o Estado da Palestina, que desde 2012 tem o status de país observador não membro na ONU.

No início desta semana, a Palestina foi aceita como membro no Tribunal Penal Internacional e o presidente Mahmoud Abbas advertiu que pretende continuar o processo de acordos de integração com os organismos e agências internacionais, incluindo a Quarta Convenção de Genebra.

De acordo com a Quarta Convenção de Genebra, a desapropriação de terras e assentamento das comunidades humanas no estado sob ocupação militar constituem crimes de guerra.

Erekat esperava conseguir a resolução "antes do final do mês, mesmo antes do Natal", mas evitou qualquer prognóstico, referindo-se à possibilidade de que os Estados Unidos, membro permanente do corpo e, portanto, com poder de veto, impeça a aprovação do texto. Tradicionalmente Washington se opõe à adoção de resoluções condenando Israel na ONU.

Fonte: Prensa Latina