EUA pretendem tomar medidas para reduzir segurança da Rússia

O Pentágono está considerando a opção de reinstalar mísseis nucleares na Europa para responder à alegada violação, da parte da Rússia, do tratado de controle de armas de 1987.

Pentágono

Segundo o vice-subsecretário da Defesa para assuntos políticos, Brian P. McKeon, citado pelo site Free Beacon, o possível regresso das armas nucleares faz parte de um pacote de medidas que podem ser aplicadas para pressionar a Rússia a voltar a cumprir as normas estabelecidas pelo tratado.

Já fontes oficiais da Rússia alegam reiteradamente que os próprios EUA violaram várias vezes o acordo.

"Claro que nós não temos agora mísseis de cruzeiro de lançamento terrestre na Europa, pois isso é proibido pelo tratado. Mas essa, obviamente, seria uma medida digna de explorar", disse McKeon.

Segundo o representante do Pentágono, os EUA não querem "ficar envolvidos numa troca de ações e reações". Mas "a falta da participação da Rússia neste assunto, se persistir, requererá dos EUA tomar medidas para proteger os seus interesses e segurança, junto com os seus aliados e parceiros.

Estas ações irão tornar a Rússia menos segura… Essa violação não irá ficar sem resposta, porque muita coisa está em jogo".

Segundo dados oficiais, a Força Aérea estadunidense destruiu quase todos os mísseis de cruzeiro na Europa em 1992, nove anos depois da sua instalação.

O Tratado sobre Forças Nucleares de Alcance Intermédio (INF, na sigla em inglês) foi assinado em 1987 por Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev, presidentes então dos EUA e da URSS, respectivamente, e implementado em 1º de junho de 1988.

O documento exige que os EUA e a Rússia "não podem possuir, produzir ou testar mísseis de cruzeiro de lançamento terrestre com alcance entre 300 a 3.400 milhas (482 a 5.472 quilômetros)".

Fonte: Voz da Rússia