Balanço: Inácio Arruda agradece apoio recebido no Senado

O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) agradeceu, durante a sessão do Senado, “a atenção de todos durante este período de atividade parlamentar. Nós, como muitos que aqui estão, saímos da Câmara Federal, passamos por outras Casas Legislativas. Sempre tive minha atividade parlamentar como uma grande responsabilidade do meu Partido, porque, ao consultar os eleitores, conseguimos esse êxito de poder representar o povo do meu Estado e do Brasil na Câmara e, na sequência, aqui no Senado Federal”.

O parlamentar abordou os distintos pensamentos expressos na Casa, “conservadores, alguns mais extremados da direita, outros do centro, outros da esquerda, alguns extremados à esquerda, mas todos com o grande propósito de ajudar o nosso País, ajudar o Brasil. E é para isso que nós utilizamos o nosso mandato: defender o nosso País”.

Ele lembrou o início de sua militância, “desde menino, lá no bairro, numa associação de jovens que cuidavam de uma biblioteca comunitária, até alcançar o Senado da República. Saímos dali, de uma família bem pobre da periferia da cidade de Fortaleza, mas conseguimos alcançar essa representação, que não poderia ser de outra forma, não fosse pelo meu Partido, o Partido Comunista do Brasil”.

Inácio destacou que o PCdoB continuará no Senado, na próxima legislatura, com “uma forte representação, que é ainda unitária, que é uma mulher – uma brava mulher, que é a Vanessa Grazziotin. Digo que, do ponto de vista legislativo, começamos juntos: ela na Câmara de Vereadores de Manaus e eu na Câmara de Vereadores de Fortaleza. Fui, depois, da Assembleia Estadual, Câmara Federal, Senado da República. Mas sempre com esse sentimento de que poderíamos construir alternativas boas, positivas, para o nosso País. Assim fizemos quando éramos da oposição. Dialogávamos sempre com o Governo, para encontrar o melhor caminho para uma série de proposições que eram importantes, mesmo vindas do Governo do qual nós éramos oposição”.

O senador afirmou que a bancada do PCdoB ajudou o Governo Lula “na Câmara e aqui no Senado. Ajudamos o Governo da Presidente Dilma aqui, no Senado da República, e buscamos contribuir com a direção da Casa, sob o comando, neste período em que aqui estive, do Presidente Sarney e do Presidente Renan Calheiros. E foi uma condução que considero correta, justa, dos destinos do Senado Federal para, neste período, também sustentar tanto o Governo de Lula como o Governo da Presidente Dilma Rousseff”.

Na opinião do representante cearense “militante não se despede. Militante assume outra atribuição, outra tarefa. Não há exatamente uma despedida. Nós vamos continuar ajudando o nosso País, lá num bairro, lá numa comunidade, lá num sindicato, lá numa direção partidária, sempre olhando o conjunto da atividade que se exerce em nosso País e a contribuição que vamos dar ali, às vezes, pequena, mas muito importante para sustentar os rumos mais avançados que o nosso País conseguiu ter. É com esse o sentimento que buscamos ajudar, contribuir, lutar. Às vezes, de forma mais acirrada no enfrentamento político, mas sempre com a coragem de quem sabe que defende uma causa justa, correta para o nosso País. E fazer uma trajetória límpida de vida pública. Acho que isso é muito importante. É um legado que vamos conduzindo para a história do nosso Parlamento e muitas vezes da nossa vida pessoal”.

O senador agradeceu “a contribuição dos meus assessores – muitos deles estão comigo há muitos anos; agradecer aos funcionários do Senado da República que estiveram comigo assessorando ali no meu gabinete; aos funcionários das comissões, onde participamos, desde o começo, na Comissão de Justiça, às vezes com embates muito grandes, mas sempre com atenção também muito grande dos funcionários, dos servidores; aqueles da Consultoria, a quem sempre pedimos apoio, informação, para preparar, melhorar as ideias que nós trazíamos para produzir os melhores projetos de lei, as melhores emendas”.

Durante o pronunciamento, Inácio Arruda pediu o apoio do Congresso para a aprovação de duas proposições de sua autoria: “Uma delas, uma emenda que está na Câmara, com parecer favorável, votado, que é o da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas. Era uma causa da Constituinte, que todos queriam 40 horas, mas que terminou em 44. E uma segunda, que é para manter a política de recomposição do salário mínimo. Essa matéria foi fruto de um bom diálogo entre as centrais sindicais, uma grande reunião na liderança do meu partido, com todas as centrais sindicais, com os partidos do campo popular, da esquerda e também do centro, que se reuniram com as lideranças sindicais para discutir a política salarial já no governo do presidente Lula. O presidente Lula adotou aquela proposição, que foi transformada em lei durante o Governo Dilma. É uma proposta que deixamos, assinada por mim e pela senadora Vanessa Grazziotin, e agora relatada pela senadora Gleisi Hoffmann, que espero que seja aprovada logo no início do próximo período legislativo”.

O senador finalizou dizendo que não estava se despedindo, mas anunciando “que tenho que cumprir outra tarefa, porque assim o povo colocou. E vamos cumpri-la defendendo na forma militante, no nosso partido, no Partido Comunista do Brasil, a quem, evidentemente, tenho que agradecer mais amplamente, porque foi esse partido com a sua militância que me elegeu Vereador, Deputado Estadual, três mandatos de Deputado Federal e Senador da República, junto ao nosso povo. Um abraço. Muitíssimo obrigado a todos vocês”.

Inácio foi aplaudido pelos senadores. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL) disse que “a nossa convivência na Casa sofrerá danos irreversíveis, especialmente com relação à participação do senador Inácio, aqui, no Senado Federal”. A senadora Ana Amélia (PP-RS) disse que o senador Inácio “marca na sua biografia a despedida do Senado no mesmo dia em que os Estados Unidos e Cuba reatam as relações”.

Íntegra pronunciamento

Fonte: Assessoria do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE)