China cria sua rede de parceiros estratégicos no mundo

Parcerias estratégicas estabelecidas com mais de 60 países, uma forma elevada de relações bilaterais, oferecem atualmente à China a percepção de que sua visão global vai tomando forma, consideram analistas locais.

Ao comentar sobre um seminário realizado nesta quarta-feira (24), em Pequim, por iniciativa do ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, sobre a marcha da diplomacia no país, os principais meios de comunicação se referem ao conceito de rede internacional proposta pela primeira vez em novembro pelo presidente Xi Jinping.

Em uma conferência do Partido Comunista da China que tratou sobre política externa, o líder disse que sobre a base do princípio de não alinhamento, o país quer fazer um amplo círculo de amigos.

Por seu turno, o chanceler chinês Wang Yi Sin, deu uma explicação pela primeira vez sobre essa ideia ao pontuar que desde o fim da Guerra Fria, a China tem explorado novos caminhos para buscar amigos sem estabelecer alianças e que já conseguiu fazer isso com 72 países, de várias formas e graus.

Neste seminário organizado pelo Instituto Chinês de Estudos Internacionais e pela Fundação Chinesa de Estudos Internacionais, o ministro precisou que essas parcerias estratégicas abrangeram a maior parte de países e regiões do mundo.

Esta rede de parcerias, sublinhou, garantirá a Pequim a habilidade de “construir uma melhor visão estratégica e de âmbito global”.

Sobre este tema, pesquisadores disseram ao jornal China Daily que essas parcerias buscam o benefício mútuo e a cooperação recíproca, muito diferente do caminho que Washington usa de criar uma rede global de aliados de fato, que significa obediência e alinhamento.

Jian Xiudong, acadêmico do Instituto Chinês de Estudos Internacionais, expressou que as parcerias de Pequim se centram mais sobre o inclusivo do que no exclusivo.

Outros analistas assinalaram que a expansão das parcerias da China com outros países se materializaram nas frequentes viagens realizadas pelos dirigentes chineses.

A esse respeito recordaram que nos últimos dois anos o presidente Xi e o primeiro-ministro Li Keqiang realizaram 17 viagens ao exterior que os levaram a mais de 50 países nos cinco continentes.

Prensa Latina