Chancelaria egípcia critica votação sobre Palestina na ONU 

A Chancelaria egípcia criticou a recusa do Conselho de Segurança da ONU de votar um projeto de resolução para obrigar Israel a se retirar dos territórios palestinos ocupados em dois anos.

Bandeiras da Palestina

O resultado da votação, oito a favor, dois contra, Estados Unidos e Austrália, e cinco abstenções, não afetará os direitos legítimos palestinos aprovados pelas leis internacionais, as cartas e as convenções, disse o porta-voz oficial do embaixador Badr Abdel Atty.

"Reiteramos o apoio total do Egito ao povo palestino e à sua direção legitima até que se consiga um acordo baseado na iniciativa de paz árabe que respalda o estabelecimento de um Estado independente nas fronteiras anteriores a junho de 1967, com Jerusalém Leste como sua capital, diz a declaração".

No início dessa semana o Conselho de Segurança recusou submeter à votação o texto palestino por oito votos a favor, dois contra, Estados Unidos e Austrália, e cinco abstenções.

Por sua vez, o embaixador palestino, Gamal Al Shoubaki, explicou que a ameaça dos Estados Unidos à Nigéria esteve por trás da abstenção desse país africano na votação.

O diplomata recordou que a delegação de Washington recorreu ao veto contra a Palestina em 42 ocasiões, mas afirmou que seu país continuará com os esforços para conseguir o estabelecimento de seu Estado independente.

Depois da rejeição do organismo da ONU de debater o texto, apresentado pela Jordânia, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, assinou os documentos para solicitar a entrada em 19 acordos e pactos da ONU, entre eles a Corte Penal Internacional, que julga os crimes de guerra.

Fonte: Prensa Latina