Netanyahu seguirá liderando a ultra-direitista coalizão israelense

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ganhou as primárias para a presidência de seu partido, a coalizão ultra-direitista Likud com quase 60% dos votos, informou uma porta-voz do grupo.

Benjamin Netanyahu primeiro ministro israel - EFE

A votação derivou-se da dissolução do parlamento e da convocação a eleições legislativas antecipadas para o próximo março depois que o chefe do gabinete demitiu dois de seus ministros, Tzipora Livni (Justiça) e Yair Laid (Finanças), por críticas a sua política.

Livni coaligou seu partido Ha Tenuah com o Trabalhista para se opor ao Likud, que coincidirá com uma provável aliança de pequenos grupos religiosos durante a consulta, programada para o próximo 17 de março, na qual Netanyahu tentará um quarto mandato, três deles consecutivos.

Os estremecimentos no cenário político israelense estão vinculados com um dinâmico quadro internacional favorável aos palestinos e contra a ocupação militar da Cisjordânia e o leste de Jerusalém.

A chancelaria israelense convocou o embaixador francês para lhe expressar seu desagrado pelo voto favorável no Conselho de Segurança a um projeto de resolução que fixa um limite de três anos para a retirada das tropas ocupantes de Tel Aviv às fronteiras anteriores a junho de 1967.

O texto não prosperou, como não conseguiu os nove votos imprescindíveis para passar ao debate, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, solicitou a entrada na Corte Penal Internacional, onde se propõe acusar Israel de crimes de guerra nos territórios ocupados.

A alegação está sustentada na repressão contra a população palestina e na anexação forçada de territórios para construir assentamentos paramilitares, considerada um crime de guerra pela IV Convenção de Genebra.

Também, de julho a agosto passados Israel iniciou uma agressão militar em massa contra Gaza com a qual causou a morte de uns dois mil 100 civis, em sua maioria mulheres e crianças, 11 mil feridos e devastou a empobrecida faixa, que bloqueia há mais de oito anos.

Fonte: Prensa Latina