Segurança e combate à corrupção serão prioridades, diz ministro 

Ao chegar ao Congresso para a posse da presidenta Dilma Rousseff, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que a segurança pública e o enfrentamento da corrupção vão continuar entre as prioridades de sua pasta. De acordo com Cardozo, a posição do governo é clara em garantir a autonomia das investigações e em apoiar o trabalho do Ministério Público e da Polícia Federal. 

Segurança e combate à corrupção serão prioridades, diz ministro

“Nos últimos anos construímos uma polícia que investiga doa a quem doer, independente do poder econômico ou político. O Ministério da Justiça vai continuar dando todas as condições para que a Polícia Federal continue sendo uma polícia republicana”, disse.

O ministro afirmou que aqueles que cometeram atos ilícitos serão punidos, pois “assim é o que diz a lei e o que determina o estado de direito”.

Cardozo elogiou as manifestações populares na Esplanada e demonstrou otimismo no quarto mandato presidencial do PT. “Esperamos um país com menos desigualdades, com mais justiça e mais paz para todos os brasileiros”, declarou.

Em seu discurso no Plenário da Câmara, a presidenta da República, Dilma Rousseff, confirmou as palavras do seu ministro, reconduzido ao cargo para seu segundo mandato, ao anunciar que enviará em breve ao Congresso um pacote de medidas de combate à corrupção.

Combate à corrupção

As medidas incluem maior rigor na punição dos agentes públicos que enriquecem sem justificativa ou sem demonstrar a origem de seus ganhos; alteração da legislação eleitoral para transformar em crime a prática do caixa 2; criação de uma nova espécie de ação judicial que permita o confisco de bens adquiridos de forma ilícita ou sem comprovação; alteração da legislação para agilizar o julgamento de processos envolvendo o desvio de recursos públicos; e negociação com o Judiciário para criar nova estrutura que dê maior agilidade e eficiência às investigações e aos processos movidos contra autoridades com foro privilegiado, sem agredir o amplo direito de defesa e o contraditório.

A presidenta também citou a Petrobras, alvo de investigações da Polícia Federal na chamada Operação Lava Jato. Segundo a presidenta reeleita, a estatal é a "empresa mais estratégica e que mais investe no país" e passará por maior controle de governança para ser preservada de "predadores internos e inimigos externos".

"A realidade atual só faz reforçar nossa determinação de implantar na Petrobras a mais eficiente e rigorosa estrutura de governança e controle que uma empresa já teve no Brasil. Temos muitos motivos para preservar e defender a Petrobras de predadores internos e de seus inimigos externos", afirmou.

Da Redação em Brasília
Com agências