Ministro argentino de Economia defende postura ante fundos abutres

O ministro de Economia da Argentina, Axel Kicillof, defendeu a postura do país de manter-se firme frente às pressões e manobras dos fundos abutres, ao explicar que se ceder resultaria em algo caro.

Fundos Abutres Argentina - Reprodução

Em uma série de comentários em sua conta no Twitter, Kicillof sustenta que se consentir o pagamento de 1.6 bilhões de dólares que reclamam esses grupos especuladores, esse montante se converteria em 500 bilhões.

"Cometeríamos o pior erro de nossa história financeira", ressalta o jovem ministro em sua até agora quase inativa conta nessa rede social.

"O mundo reconhece que a Argentina tem razão ao defender suas finanças, seu povo, sua dignidade e a sua soberania ante o ataque dos abutres".

Kicillof adverte que "os fundos abutres não querem negociar, mas que manobram para não aceitar, recorrem a um juiz que os apoia, reclamam tudo e tentam tomar como reféns 93% dos credores que apostaram pela Argentina".

O ministro expôs suas opiniões depois que o magistrado Thomas Griesa convocou uma nova audiência para o próximo dia 3 de março.

"Agora novamente nos querem demarcar o campo. Mas pagar o que pedem é pagar 23 bilhões de dólares a 7% que não entraram na reestruturação, não somente os 1.6 bilhões que exigem os abutres", alerta.

E esses 23 bilhões são uma estimativa da Argentina, pois o juiz Griesa não conclui dizer quanto é, quantos são, que reclamam e em que condições. "Querem que negociemos com um de cada vez, para que o último leve tudo", assinala em seu twitter.

A sua vez, fustiga à oposição ao sustentar que no entanto, especialistas e aspirantes presidenciais recomendavam fazê-lo.

"Os abutres de fora e seus agentes internos, os que querem sobrendividar novamente o país são os que querem pagar aos abutres qualquer coisa", critica Kicillof, que acrescenta que em uma negociação há duas partes que devem ser consideradas, e esses grupos deixaram claro nas conversas sustentadas que são intransigentes.

Fonte: Prensa Latina