Evo Morales defende um G-77 unido 

O presidente boliviano, Evo Morales, cumpriu na quinta-feira (8) uma intensa agenda na ONU, onde defendeu a unidade do Grupo dos 77 mais China frente aos principais desafios globais.

Evo Morales - AFP

"O grande desejo que tem a Bolívia é que trabalhemos juntos por nossos povos", assinalou na cerimônia de transferência da presidência anual do bloco que reúne 134 estados do Sul.

Morales declarou concluída a gestão de seu país à frente do G-77, e entregou as rédeas da organização à África do Sul, representada no ato pelo vice-ministro de Relações Internacionais e Cooperação, Luwellyn Landers.

De acordo com o líder de origem aymara, a nação sul-americana relançou o grupo estabelecido em 1964 para defender na ONU os interesses do mundo em desenvolvimento e a cooperação Sul-Sul, em boa medida graças à celebração em Santa Cruz da Serra da cimeira de chefes de Estado e de Governo pelos 50 anos da entidade.

A propósito desse foro, realizado em junho passado, o presidente recordou que a declaração final do mesmo reúne prioridades a enfrentar sob os princípios da unidade, solidariedade, integração e colaboração, em prol de atingir uma nova ordem mundial justa e equitativa.

"Se nos unimos para levar propostas às Nações Unidas, seriam aprovadas, como a defesa dos direitos da mãe terra, a erradicação da pobreza e o fim das guerras e da corrida armamentista", advertiu.

O presidente boliviano inaugurou também uma mostra fotográfica sobre o processo de mudanças no país sul-americano, empreendido desde sua chegada ao governo em 2006.

Acompanhado pelo secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, percorreu a exposição de cerca de 45 instantâneas, que refletem suas atividades como presidente, o protagonismo dos movimentos sociais, as conquistas socioeconômicas e a inclusão das comunidades indígenas.

Em declarações a jornalistas após inaugurar a mostra, Morales chamou a fazer da política uma ciência a serviço dos povos, banindo o autoritarismo e a soberba, e a priorizar no mundo a eliminação da pobreza.

Fonte: Prensa Latina