Fenaj lança nota sobre atentado à revista francesa
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), entidade máxima representativa dos jornalistas brasileiros, divulgou nota repudiando e condenando o ataque à revista francesa Charlie Hebdo na última quarta-feira (07/01).
Publicado 09/01/2015 11:38 | Editado 04/03/2020 16:26
O atentado resultou no assassinato de 12 pessoas, sendo cinco jornalistas – os cartunistas Charlie Hebdo Charb (Stéphane Charbonnier), Cabu (Jean Cabut), Wolinski (Georges Wolinski), e Tignous (Bernard Verlhac) e o repórter Bernard Maris -, cinco funcionários da revista e dois policiais que faziam a segurança do editor Stephane Charbonnier, que vinha recebendo ameaças.
Os suspeitos do ataque são três jovens apontados como radicais muçulmanos: os irmãos Said Kouachi (34 anos) e Cherif Kouachi (32 anos), que estão sendo procurados, e Hamyd Mourad, que se entregou voluntariamente, mas alega ser inocente. Eles teriam agido em protesto contra a revista que, em sua linha editorial satírica, publica cartuns e charges consideradas ofensivas ao Islã.
Na nota, a FENAJ afirma repudiar “a violência contra jornalistas, alertando a sociedade para o perigo da intolerância (seja política, religiosa ou de qualquer natureza) e do obscurantismo, que tem gerado ataques às liberdades de expressão e de imprensa em todo o mundo.” A entidade se alia à Federação Internacional dos Jornalistas e à Federação Européia dos Jornalistas no sentimento de solidariedade aos familiares das vítimas e no pedido de apuração do caso e punição dos culpados.
Mortes no exercício da profissão
A Fenaj em sua página na internet apresenta dados do relatório anual da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) divulgado no dia 31 de dezembro de 2014, sobre a violência contra jornalistas no exercício da profissão. No total, foram registradas 135 mortes de profissionais, destes, 118 vítimas de ataques com bombas e fogo cruzado e 17 em acidentes e catástrofes naturais. Na lista de países onde foram registrados mais assassinatos de profissionais da área da comunicação aparecem pela ordem: Paquistão (14); Síria (12); Afeganistão (9); Palestina (9); Iraque (8); Ucrânia (8); Honduras (6); México (5).
No relatório aparecem as mortes dos profissionais brasileiros Santiago Ilídio Andrade, repórter cinematográfico da TV Bandeirantes, Pedro Palma, editor do Panorama Regional, e Geolino Lopes Xavier, apresentador da N3 TV. E também da jornalista argentina Maria Soledad Fernandez, da DirecTV Sports, em um acidente de automóvel quando cobria a Copa do Mundo de 2014.
Fonte: Agência da Boa Notícia