Com método cubano, MST busca erradicar analfabetismo no sul da Bahia
Cerca de 220 acampados de 20 turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) se reuniram, neste sábado (10), para dar início a uma caminhada rumo à alfabetização.
Publicado 12/01/2015 15:49

Os acampados, de seis localidades do extremo sul da Bahia, participaram da aula inaugural do Projeto “Sim, eu Posso”, quem traz o lema “Sim eu Posso ler e Escrever, Essa é uma conquista do MST”.
A aula foi realizada na Escola Popular Egídio Brunetto, no município de Teixeira de Freitas, contando com o apoio da coordenação pedagógica da escola, do setor nacional de educação do MST, além de 20 educadores e cinco coordenadores pedagógicos da Reforma Agrária.
Durante a aula foi possível perceber as distintas histórias de vida que se cruzam entre esses sujeitos, já que tiveram seus direitos primordiais negados, como o acesso a terra e a educação.
O analfabetismo
De acordo com o último senso levantado pela Escola Popular, a região do Extremo Sul da Bahia possui mais de 20 % da população adulta e idosa não alfabetizada nas áreas de Reforma Agrária. Este percentual soma-se ao dado brasileiro que aponta mais de 13 milhões de jovens e adultos excluídos da alfabetização.
Diante deste cenário de negação histórica, o MST, desde sua fundação, entende que para construir territórios dignos e igualitários, o analfabetismo é uma das primeiras barreiras a serem superadas.
Este método pedagógico está organizado em 65 tele-aulas mediados por educadores populares das próprias comunidades rurais, e pretende funcionar até o mês de abril, zerando o analfabetismo em sete acampamentos da região.
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Fonte: MST