Al-Qaeda no Iêmen assume responsabilidade por ataque a jornal francês

Um importante líder do braço iemenita da Al-Qaeda assumiu a responsabilidade pelo ataque da semana passada ao jornal satírico Charlie Hebdo, quando dois homens mascarados mataram 12 pessoas, dentre elas boa parte dos responsáveis pela linha editorial da publicação e dois policiais.

Ataque a jornal francês - EBC

Nasr al-Ansi, alto comandante da chamada Al-Qaeda na Península Arábica, conhecido como o braço iemenita da organização terrorista, aparece em um vídeo de 11 minutos postado na internet nesta quarta-feira (14), dizendo que o massacre no Charlie Hebdo foi uma "vingança para o profeta".

Ele afirma que o grupo "escolheu o alvo, formulou o plano e financiou a operação" contra a publicação francesa. O jornal havia publicado caricaturas do profeta Maomé, embora a representação gráfica do fundador do islamismo seja considerada um insulto para os fiéis da religião.

Al-Ansi diz ainda que a França pertence ao "partido de Satã" e advertiu sobre a ocorrência de mais "tragédias e terror".

"Heróis foram recrutados e atuaram, prometeram e passaram à ação para satisfação dos muçulmanos", afirmou, em referência aos autores do atentado contra o jornal francês, os irmãos Kouachi.

Na quarta-feira passada (7), dois homens encapuzados e armados, os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi, de 32 anos e 34 anos, entraram na redação do Charlie Hebdo e mataram 12 pessoas. Depois de dois dias em fuga, os irmãos foram mortos na sexta-feira (9), por forças de elite francesas, em Dammartin-en-Goële, nos arredores de Paris.

Na quinta-feira (8), foi morta uma agente da polícia municipal, no sul de Paris. A polícia estabeleceu uma ligação entre os dois jihadistas suspeitos do atentado ao Charlie Hebdo e o assassino da policial.

Na sexta-feira, cinco pessoas foram mortas em um mercado kosher (judaico) do leste de Paris, quando eram mantidas reféns, incluindo o autor do sequestro, Amedy Coulibaly, que foi morto durante a operação policial.

Com informações da Agência Brasil e da Voz da Rússia