Aldo ressalta papel dos cientistas para reduzir danos do clima

Com o objetivo de contribuir para que o poder público adote as medidas necessárias para evitar ou reduzir danos e prejuízos à população, à infraestrutura e à economia do país por conta de questões climáticas, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), reiniciou nesta sexta-feira (16) as atividades do Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal (GTPCS).

Aldo Rebelo na reunião do grupo de trabalho em Previsão Climática Sazonal - 1

Na abertura da reunião, que busca elaborar prognósticos para o próximo trimestre (de fevereiro a abril), o ministro Aldo Rebelo destacou: “Nós sabemos que essas adversidades atingem principalmente a população mais pobre, mais vulnerável, tanto nos problemas causados pela seca como pelo excesso das águas”.


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Esta é a primeira reunião de 2015 do grupo e foi coordenada pelo meteorologista Paulo Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI). O grupo é formado pelas principais lideranças na área de previsão climática do país e tem uma agenda mensal de reuniões, em que os pesquisadores divulgam a previsão para o trimestre seguinte.
Prevenção

Aldo ressaltou que as previsões trimestrais colaboram para proteger, além da população vulnerável, “a infraestrutura do país, também atingida muitas vezes duramente por desastres naturais”, e a “ação privada na economia”, já que uma maior previsibilidade climática pode orientar investimentos empresariais.

O ministro citou que o levantamento feito pelos pesquisadores do grupo “contribuiu no ano passado para reduzir os danos da seca no Nordeste e das enchentes em Rondônia”.

O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do ministério, Carlos Nobre, que coordena o grupo, falou sobre extremos climáticos que provocaram desastres os últimos anos. “Começamos com talvez o maior desastre natural da história do Brasil, em termos de mortes e feridos, na região Serrana do Rio de Janeiro, em janeiro de 2011”, recordou. “Depois, nós tivemos uma sequência de dois anos de secas intensas no Nordeste do Brasil. Já em 2014, nós vivemos uma seca atípica, talvez a mais intensa do Sudeste em muitas décadas, certamente a mais intensa no registro histórico da Grande São Paulo”, completou.

Atuação dos pesquisadores

O grupo de trabalho do ministério, segundo Nobre, reuniu a competência, antes dispersa, de pesquisadores de instituições de todo o território nacional, com destaque para o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), por meio dos centros de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) e de Ciência do Sistema Terrestre (CCST), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI).

Nobre também salientou que normalmente as reuniões ocorrem na sede de algum dos institutos, mas, desta vez, “pela importância do momento que nós vivemos climaticamente no Brasil nós conseguimos trazer a reunião para Brasília, para beneficiar o máximo possível o processo de tomada de decisão de mitigação dos impactos dos extremos climáticos que nós vivemos”.

A previsão climática para fevereiro, março e abril será apresentada a gestores dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Integração Nacional (MI); Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG); e Saúde (MS).

Da redação
Com informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação