Rituais andinos são preparados para a posse de Evo Morales

Cerca de 200 amautas, os sábios indígenas, preparam a cerimônia, na qual participarão aproximadamente 20 mil pessoas e à qual confirmaram sua participação até o momento seis chefes de Estado.

Morales chegará às nove da manhã a Tiwanaku, um lugar sagrado para as culturas andinas, para o ceremonial que terá sua sede entre a pirâmide de Akapana e o templo de Kalasasaya e estará escoltado o tempo todo por mais de quinhentos Ponchos Rojos, considerados seu guarda indígena.

Enquanto os Ponchos Rojos cuidam do chefe de Estado, este receberá uma "limpeza" por dois sacerdotes amautas no Museu Lítico, antes de vestir os trajes originários com os quais continuará a cerimônia.

O amauta aymara Wilfredo Murga, que presidirá o ceremonial, disse que todo o ritual tem o objetivo de garantir a Morales um bom trabalho durante seu segundo mandato à frente do Estado Plurinacional, que termina em 2020, e seu terceiro desde que assumiu em 2006 como presidente da República.

Segundo o jornal La Razón, diferentemente de 2010, o presidente Morales será rodeado pelas peças arqueológicas encontradas no sítio para receber a energia das divinidades antes de ir aos templos sagrados.

O primeiro presidente indígena da Bolívia, da parte superior da pirâmide de Akapana, fará oferendas à Pachamama ou Mãe Terra a base de doces, álcool e folhas de coca.

Entretanto, no Templete de Kalasasaya, durante outra oferenda, os sacerdotes pedirão conhecimento, sabedoria e humildade para os cinco anos que estará à frente do Estado.

Ao finalizar a cerimônia, Morales oferecerá um jantar típico aos presidentes visitantes e depois presenciará um baile tradicional.

Seu mandato começa oficialmente em 22 de janeiro com o juramento no Legislativo.

Fonte: Prensa Latina