Itamaraty tenta salvar outro brasileiro da pena de morte na Indonésia

Após a execução por fuzilamento do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira na Indonésia, o Itamaraty reiniciou seus esforços nesta segunda-feira (19) para tentar reverter a condenação à pena de morte do paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 41 anos.

Rodrigo Muxfeldt Gularte, condenado à morte na Indonésia

Preso em 2004 no Aeroporto Internacional de Jacarta, Gularte tentou entrar no país asiático com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Archer, por sua vez, havia sido acusado pelas autoridades indonésias de traficar 13 quilos da droga em 2003. Apesar do pedido de clemência feito pela presidente Dilma Rousseff, ele foi executado no último sábado (17).

Depois de receber uma enxurrada de críticas na comunidade internacional, Jacarta pediu "respeito às leis do país". O presidente Joko Widodo defendeu a pena de morte e afirmou que não há "meias medidas" na guerra contra o narcotráfico.

O procurador-geral indonésio, Muhammad Prasetyo, também rebateu as críticas dos países que tiveram cidadãos executados – além do brasileiro, presos da Holanda, da Nigéria, do Malauí e do Vietnã também foram mortos. O governo de Widodo optou pela linha dura e anunciou que não haveria clemência para os condenados.

No domingo (18) o embaixador do Brasil em Jacarta, Paulo Alberto da Silveira Soares, embarcou para Brasília a pedido de Dilma. Nas relações diplomáticas, o gesto é um forte sinal de que as relações entre os dois Estados estão abaladas.

Fonte: Voz da Rússia