Estado Islâmico ameaça matar dois reféns japoneses
O Estado Islâmico ameaça matar dois reféns japoneses caso Tóquio se recuse a pagar US$ 200 milhões (cerca de R$ 520 milhões) em 72 horas, revela um vídeo divulgado nesta terça-feira (20) pelos jihadistas. Nas imagens, um militante vestido de preto empunhando uma faca dirige-se à câmera, em inglês, de pé, entre dois reféns vestidos com macacões cor laranja.
Publicado 20/01/2015 14:06

"Vocês têm 72 horas para pressionar o governo a tomar a decisão mais sensata e pagar US$ 200 milhões para salvar a vida dos seus cidadãos", disse. O militante explicou que o valor do resgate serve de compensação pela ajuda que o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, prometeu dar à campanha contra o Estado Islâmico no Oriente Médio.
O governo japonês garante estar investigando a ameaça. "Sabemos desses relatórios. Estamos discutindo o assunto", disse um responsável da Divisão de Prevenção do Terrorismo. Quando perguntado se o governo considerava esse vídeo autêntico, o responsável, que não quis ser identificado, disse que "isso também está sendo verificado".
Um dos reféns já tinha surgido em imagens divulgadas em agosto, em que se identificou como Haruna Yukawa. Nas imagens, ele era violentamente interrogado pelos sequestradores. O segundo refém –Kenji Goto – é jornalista freelancer que criou uma empresa de produção de vídeo, a Independent Press, em Tóquio, em 1996, que produzia documentários sobre o Oriente Médio e outras regiões, depois transmitidos nos canais japoneses, incluindo a emissora pública NHK.
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, exigiu a libertação imediata dos dois reféns que o movimento Estado Islâmico ameaçou matar.
O governo japonês também se recusou a pagar resgate de US$ 200 milhões (cerca de R$ 520 milhões) pelos reféns. Segundo Shinzo Abe, a comunidade internacional não vai ceder ao terrorismo e deve cooperar na luta contra esta ameaça.
"Estou extremamente indignado com esse ato e exijo vigorosamente que nenhum mal seja feito [aos reféns] e que sejam libertados imediatamente", disse o premiê à imprensa, em Jerusalém. Abe garantiu que o Japão, apesar do sequestro, não anulará a ajuda de US$ 200 milhões prometida aos países afetados pela ação dos jihadistas do EI, especialmente no Iraque e na Síria. A decisão está mantida, afirmou o chefe do governo japonês, ressaltando a vocação humanitária dessa ajuda.
Com informações da Agência Brasil