Líbano mantém alerta em fronteira com Israel, mas descarta guerra

Tropas libanesas continuaram a patrulha na fronteira com Israel depois dos confrontos da quarta-feira (28) nas Fazendas de Shebaa.

Beirute Guerra de Julho - AFP

Segundo fontes oficiais, o premiê do Líbano, Tammam Salam, conversou por telefone com diplomatas e representantes de vários países árabes e ocidentais depois das ações armadas entre o movimento Hezbollah e o Exército sionista, que causaram a morte de dois militares israelenses.

Salam falou com a coordenadora especial da ONU para o Líbano, Sigrid Kaag, com os embaixadores britânico e estadunidense, e outros árabes que ofereceram garantias de que a situação não sairá de controle como ocorreu na guerra travada entre ambos os lados em 2006.

O ataque de comandos do Hezbollah a um comboio de nove carros das Forças Armadas israelenses também deixou outros sete soldados inimigos feridos e causou o disparo de mais de 30 projéteis de artilharia pesada pelas tropas de Tel Aviv contra este país.

Ainda que os incidentes sigam sob investigação das Forças Interinas da ONU para o Líbano (FINUL), soube-se que a resposta militar de Israel causou a morte de um capacete azul de nacionalidade espanhola.

Fontes diplomáticas e jornalistas europeus em Beirute disseram que o corpo do cabo espanhol permaneceu cerca de cinco horas sem poder ser evacuado do local pela intensidade do fogo sionista, apesar do comando militar israelense saber da existência de um ferido.

O chefe do governo libanês pediu à comunidade internacional que assuma suas responsabilidades e exerça toda a pressão possível para deter a escalada hostil de Israel contra esta nação árabe cujo espaço aéreo é violado reiteradamente a cada dia.

A FINUL, por seu lado, também condenou a violação da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU e um porta-voz disse que a direção do Hezbollah lhe manifestou sua intenção de evitar a todo custo que sua ação armada deteriore ainda mais o frágil clima de segurança na zona.

Líderes de Hezbollah afirmaram que o ataque foi uma resposta à agressão aérea que matou, no dia 18 de janeiro, seis combatentes de um comando seu quando realizavam uma missão de reconhecimento em uma área da Síria, na parte das Colinas de Golã não ocupadas por Israel, na província de Quneitra.

Enquanto prevalece, nesta quinta-feira (29), uma cautelosa calma na fronteira sul, fontes militares libanesas denunciaram que aviões espiões e de combate de Israel violaram o espaço aéreo nacional e sobrevoaram em baixa altitude os povoados de Bint Jbeil, Orkoub, Hasbaya e Marjeyoun.

Fonte: Prensa Latina