ONU debate impacto humanitário do conflito sírio

O Conselho de Segurança das Nações Unidas analisa, nesta quarta-feira (28), o cumprimento de suas resoluções sobre a proteção de civis e o acesso humanitário às vítimas no conflito sírio.

Siria - Khalil Ashawi/Reuters

Igualmente como nas sessões anteriores do órgão de 15 membros dedicadas ao tema, a desta quarta-feira inclui a apresentação de um relatório do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, com um resumo da implementação das iniciativas.

No ano passado, o Conselho adotou as resoluções que exigem às partes beligerantes no país levantino o cessar das hostilidades, a proteção dos civis e as garantias de acesso de ajuda externa às pessoas afetadas, além de fixar mecanismos de verificação.

Desde 2011, a Síria sofre um conflito marcado pela agressão de mercenários e extremistas com apoio estrangeiro militar e financeiro, em sintonia com a mudança de regime que o ocidente e alguns estados árabes perseguem para Damasco.

Segundo o relatório de Ban Ki-moon, a violência continua golpeando o território sírio, em particular as cidades de Aleppo, Hama, Homs, Deir ez-Zor, Idlib, Hasaka, Quneitra e Raqqa.

O Secretário-geral adverte que as ações de combate deterioram cada vez mais a situação humanitária do país, onde estima que 12 milhões de pessoas precisam de assistência, sete milhões e 600 mil delas refugiadas internas e quase quatro milhões refugiadas em nações da região.

De acordo com o diplomata, muitos seres humanos seguem isolados em localidades assediadas pelos atores da crise, e a ajuda às vítimas enfrenta obstáculos, ainda que tenham conseguido entregar em dezembro medicamentos e comida para centenas de milhares de sírios.

Ban Ki-moon mantém suas acusações de danos à população civil pelos bombardeios do governo e a oposição armada, bem como pelos atos atrozes das organizações terroristas Estado Islâmico e Frente al Nusra.

Damasco rechaça essas informações, as quais considera parcializadas e carentes de fontes confiáveis.

O embaixador sírio ante as Nações Unidas, Bashar Jaafari, denuncia de maneira recorrente os ataques terroristas de grupos armados apoiados a partir do exterior, como principal causa do sofrimento do povo.

No relatório, o Secretário-geral da ONU ratifica que a saída política negociada é a única viável para deter o conflito e o drama humanitário derivado do mesmo.

Ban destaca os esforços de Rússia dirigidos a promover um diálogo inclusivo, e reivindica apoio para os gerenciamentos de seu enviado Staffan de Mistura, que busca novas aproximações entre as partes, após o fracasso das rodadas de Genebra em anos anteriores.

Fonte: Prensa Latina