Levy diz que atingir a meta fiscal é “desafio imediato” do governo

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu nesta sexta-feira (30) o contingenciamento dos gastos no país. “Estabelecer uma situação fiscal que dê tranquilidade imediata a todos, esse é o desafio imediato”, disse ele. “Isso também envolve cortar gastos do governo”, acrescentou Levy, em encontro com investidores na capital paulista.

Em palestra a empresários, Levy defendeu o contingenciamento de gastos do governo.
- Wilson Dias/Agência Brasil

O ministro pediu, em seu discurso, que os investidores tomem a iniciativa na execução de projetos e acrescentou que a prioridade do governo é reduzir o risco coletivo. Só assim, haverá espaço para que cada empresário possa se arriscar individualmente, afirmou.

De acordo com Levy,é preciso pensar que "o governo vai fazer a sua parte, "criar um quadro com menos risco, em que as pessoas possam se situar com tranquilidade fiscal”. “Essa é uma tarefa que só o governo pode fazer”, completou.

Levy destacou também que o país tem bons exportadores, com grande capacidade de se inserir no mercado mundial, principalmente o norte-americano e o europeu. Ele comentou que essas empresas exportadoras precisam ter capacidade de se sustentar sem o favorecimento do câmbio.

“Eu acho que o câmbio não se controla tanto assim. Não é uma variável em que se vá fazer grandes operações”, disse. Levy completou dizendo que “não há intenção de manter o câmbio artificialmente valorizado”.

Para ajudar a indústria, Joaquim Levy falou que vai focar na infraestrutura na área de portos. Ele disse que o mundo enfrenta um momento de transição na economia e que muitas medidas adotadas após a crise de 2008 estão sendo desfeitas.

Segundo o ministro, no auge da crise, o Brasil conseguiu acumular reservas e fazer uma política anticíclica, mas isso porque, naquele momento, o país tinha estabilizadores, que, agora, se esgotaram. Por isso, segundo ele, é preciso reorganizar a economia.

Com informações das agências