Hezbolá condena atentado letal em Damasco e incrimina Israel

O partido libanês Hezbolá (Partido de Deus) acusou os jihadistas responsáveis pelo atentado de domingo (1º/2) na capital síria, no qual morreram seis libaneses, de servir ao plano que Israel desenha hoje para a região.

Sayed Nasrallah - Al-Manar

"O ataque com bomba faz parte de uma série de explosões que atentaram contra visitantes na Síria, civis no Iraque e fieis no Paquistão, cobrando a vida de dezenas de mártires", indicou em um comunicado a organização líder da resistência xiita no Líbano.

Segundo o partido, tal ação na região de Al-Kalassa "evidencia a natureza bárbara e selvagem dos terroristas, que estão servindo atualmente à entidade sionista (Israel) em seus crimes, implementando seu projeto de desintegração contra nossa nação e nosso povo".

O Partido de Deus lamentou a morte de seis libaneses e as feridas sofridas por dezenas de fieis muçulmanos surpreendidos por uma bomba quando viajavam de ônibus para visitar o santuário de Saida Zainab, neta do profeta Maomé, em Damasco. A nota de imprensa enfatizou o chamado a "concentrar os esforços em combater grupos takfiristas (terroristas islâmicos sunitas) e eliminá-los, depois que se converterem em uma ferramenta criminosa nas mãos da entidade sionista".

O ministro libanês de Saúde Pública, Wael Abu Faour, deu instruções aos hospitais públicos do país para que recebessem e atendessem todos os feridos no ataque à capital síria que foram levados para Beirute em várias âmbulancias.

Fadi Khaireddine, servidor público da agência Campanha em Apoio de Al-Hussein, organizadora da viagem dos peregrinos, revelou os nomes dos seis mortos e informou que âmbulancias com pelo menos 17 feridos tinham passado a cidade libanesa de Chtoura na fronteira.

Além disso, confirmou que todos os passageiros eram libaneses de fé xiita que tinham feito uma primeira parada no santuário de Saida Rocaya e se dirigiam ao de Saida Zainab, no sudeste de Damasco, quando ocorreu o atentado.

A Frente Al-Nusra, filiada à rede terrorista Al-Qaida e um dos grupos extremistas opositores ao governo de Bashar al-Assad assumiram a responsabilidade do ataque que, segundo informado, foi devido a um explosivo colocado dentro do ônibus.

Fonte: Prensa Latina