Comitê do Senado dos EUA avalia candidato a chefia do Pentágono

O Comitê de Serviços Armados do Senado dos Estados Unidos realizou nesta quarta-feira uma nova audiência no processo de confirmação de Ashton Carter, indicado pelo presidente Barack Obama, para substituir Charles Hagel como secretário de Defesa do país.

Ashton Carter

Durante a sessão legislativa, Carter assinalou que é favorável à entrega de equipamento bélico ao exército da Ucrânia, diante do avanço que a guerrilha obteve na região sudeste do país nas últimas semanas.

"Não posso dizer agora qual seria a natureza dessas armas, porque teria que discutir isso com os chefes militares", assinalou Carter, em contraste com a atual política da Casa Branca, que prioriza as sanções comerciais para penalizar a Rússia pela postura assumida no conflito ucraniano.

O aspirante à chefia do departamento de Defesa prometeu aos legisladores fazer um uso "mais racional" do orçamento, mas pediu que garantam a estabilidade no fornecimento de fundos aos serviços armados.

Carter também teve de responder perguntas sobre a promessa de Obama de encerrar o campo de concentração na base ilegal de Guantânamo, aberta em 2002 na instalação militar mantida em território cubano contra a vontade do povo e do governo do país latino-americano.

Além do diálogo direto sobre vários temas, Carter entregou respostas por escrito a mais de 300 perguntas feitas pelos membros do painel legislativo.

Nelas, o futuro chefe do Pentágono reafirmou seu apoio à política da Casa Branca, destinada a apoiar os bandos armados que tentam derrubar pela força o governo da Síria.

Carter assinalou que, se as condições permitirem, está disposto a estimular uma "nova análise" dos planos atuais para a retirada das tropas americanas do Afeganistão, em fins de 2016.

O senador republicano e presidente do Comitê de Serviços armados, John McCain, que disse que não se opõe à nomeação de Carter, assinalou nesta quarta que o painel que ele lidera programará a votação final sobre o caso antes do recesso legislativo, que terá início em 16 de fevereiro.

Carter deverá ser avaliado pelo plenário do Senado posteriormente, e especialistas no tema asseguram que não terá maiores dificuldades para que sua nomeação seja aprovada e ocupe o lugar de Hagel.

Fonte: Prensa Latina