Congresso dos EUA contra políticas de Obama em saúde e migração

O Congresso dos Estados Unidos, dominado pelos republicanos, tem na sua agenda desta quarta-feira (4) a discussão das iniciativas para torpedear as políticas do presidente Barack Obama, como o seu programa de saúde e o adiamento de deportações para milhões de trabalhadores sem documentos.

Obamacare

De acordo com o programa do Capitólio, a Câmara de Representantes deve se pronunciar sobre uma proposta legislativa para revogar o programa de saúde chamado ObamaCare.

Este será a quarta tentativa para reverter totalmente a lei de saúde que entrou em vigor em 2010 e será a votação número 60 para minar o programa desde que os republicanos tomaram o controle da Câmara dos Representantes.

"Temos 47 novos membros do Congresso do lado republicano que nunca tiveram a oportunidade de emitir seu voto para revogar o ObamaCare," declarou na semana passada o presidente dessa casa legislativa, John Boehner.

A iniciativa inclui um chamado a comitês legislativos para que elaborem uma alternativa ao ObamaCare.

Recentemente, a Câmara de Representantes também sancionou um projeto que evitaria o pagamento de quotas a empresas que não garantem seguro saúde a empregados que trabalham menos de 40 horas por semana.

Ou seja, a definição de trabalho de tempo completo vigente segundo o ObamaCare aumentaria de 30 a 40 horas semanais.

A Casa Branca assegura o veto executivo e seu porta-voz, Josh Earnest, advertiu que essa medida "seria muito prejudicial, não só à Lei de Assistência de Saúde Acessível (Affordable Care Act), mas a um número considerável de trabalhadores em todo o país".

Por sua vez, o Senado começará nesta jornada a examinar os fundos para o Departamento de Segurança Interna, que devem ser aprovado antes de que vença no final deste mês o financiamento liberado para essa agência federal.

A controvérsia está dada por uma emenda que pretende deixar sem orçamento as ações executivas anunciadas por Obama em novembro do ano passado, segundo as quais se outorgaria status legal a quase cinco milhões de imigrantes que agora poderiam permanecer no país e obter permissão de trabalho.

Outra disposição reverteria uma medida de 2012 que favorece os migrantes que entraram no território estadunidense com menos de 16 anos.

Fonte: Prensa Latina