Políticas ocidentais favorecem atrocidades do Estado Islâmico
Na terça-feira, o Estado Islâmico divulgou na Internet mais um vídeo com a execução de um refém. Desta vez, a vítima dos terroristas foi o piloto jordaniano Moaz al-Kasasbeh, que foi queimado vivo. As atrocidades dos terroristas tiveram grande repercussão no mundo islâmico.
Por Zuhal Sarhad, na agência pública russa Sputnik
Publicado 05/02/2015 16:44

O Afeganistão não foi exceção. Nomeadamente, o comentador político independente e candidato à presidência do Afeganistão nas eleições de 2009, Mohammad Akbar Oria, em entrevista concedida ao correspondente da Sputnik Zuhal Sarhad, qualificou as ações do EI como “desumanas” e “um escárnio ao mundo árabe”:
“Países árabes prósperos como a Jordânia até há pouco tempo se mantinham bastante afastados do Ocidente. Contudo, a crise econômica que se abateu sobre os países ocidentais alterou essa situação."
“A crise empurrou os EUA e seus aliados para o Oriente árabe, como forma de resolver seus problemas econômicos através do incentivo de conflitos políticos internos nesses países, da guerra, da organização de distúrbios e da venda de armas. Perseguindo esses objetivos, foi criada uma poderosa rede de organizações terroristas, uma das quais é o Estado Islâmico.
Dois terroristas do Estado Islâmico foram executados na Jordânia
“O Islã condena duramente que se queime uma pessoa viva e que se assassine pessoas inocentes em geral. As atrocidades cometidas na Síria e no Iraque demonstram, infelizmente, que muitas pessoas hoje, mesmo os próprios muçulmanos, não têm uma verdadeira compreensão do que representa o Islã. Isso faz com que ele se torne em um instrumento nas mãos de extremistas. Assim, alguns países, ao criar grupos terroristas como o EI, querem denegrir o Islã como religião e ofender seus seguidores."
“Temos de referir que esses grupos são perigosos não apenas para o mundo islâmico, mas para toda a humanidade. Se não os combatermos, seus atos desumanos irão continuar.”
Também a própria Jordânia reagiu à execução do piloto jordaniano. O rei desse país, Abdullah II, afirmou que a imolação de Moaz al-Kasasbeh foi um ato de “terrorismo covarde por parte de um grupo criminoso que nada tem a ver com o Islã”, informa a agência Reuters.
A reação não se limitou à declaração da primeira figura do Estado. As autoridades jordanianas executaram na quarta-feira dois de seis terroristas ligados ao movimento Estado Islâmico.
Fonte: Agência Sputnik