Marcha camponesa no Paraguai reivindica justiça social

Duas colunas de camponeses paraguaios encontram-se, nesta segunda-feira (9), nas proximidades da capital do país entoando palavras de ordem que pedem justiça social, às vésperas de terminar em Assunção a marcha que partiu de diferentes departamentos do país.

Paraguai

Paralelamente, grupos de filiados ao Partido Paraguai Pyahurá, que convocou a demonstração e é integrado por organizações de trabalhadores rurais e docentes, partirão da praça situada em frente ao Congresso, onde estão acampados para realizar atividades diante de diferentes instituições públicas em protesto contra o atual governo.

As colunas de camponeses, que receberam o apoio da Federação Nacional Camponesa e da Frente Guasú, procedem dos departamentos de Canindeyú, San Pedro, Caaguazú, Guairá e Caazapú e se aproximam de Assunção pelas rodovias 2 e 3, obstaculizando parcialmente o trânsito.

As demandas centrais, que estiveram presentes durante seu percurso e atos realizados em várias cidades, são a renúncia do presidente Horacio Cartes, rejeição à repressão contra o campesinato e às privatizações de empresas públicas, repúdio à narcopolítica e decisões para eliminar a pobreza no campo.

Os já acampados em frente ao Congresso se mobilizarão hoje para fazer suas reivindicações em frente a importantes fábricas e hospitais, mercados populares e especialmente muito próximo do ministério de Agricultura e Pecuária, cuja gestão é muito criticada pelas organizações camponesas.

Nesta terça-feira (10), a marcha camponesa entrará em Assunção e se unirá aos que já se encontram na praça de Armas, em frente ao Parlamento, para realizar um ato central à noite.

O Partido Paraguai Pyahurá emitiu uma declaração chamando todos os cidadãos a se somarem a esta mobilização, que acontece sob o lema "Paraguai se põe de pé por uma pátria nova", e a participarem da próxima constituição do Congresso Democrático do Povo, considerado ferramenta unitária para a luta popular.

Até o momento, a data de oficialização dessa instância é primeiro de março e já fazem parte dele dezenas de organizações políticas e sociais.

Fonte: Prensa Latina