Cresce tensão no Libano após ataque jihadista

Militares libaneses mantêm, nesta terça-feira (10), uma forte operação nos arredores de Al-Fakha e Ras Baalbek, na Bekaa nordeste, depois de ataques de grupos islâmicos radicais, enquanto o governo anuncia um novo plano de segurança para a região.

Exército libanês

Tropas do Exército e forças de segurança responderam com fogo de artilharia pesada um ataque lançado na segunda-feira (9) por homens armados a partir do lado sírio da cadeia montanhosa oriental, na região fronteiriça.

A população das aldeias e povoados de Al-Fakha e Ras Baalbek continuam aterrorizadas pelas cada vez mais frequentes incursões das forças irregulares, em geral, filiadas à Frente al-Nusra, uma ramificação da rede terrorista Al-Qaeda na Síria que combate ao governo de Bashar Al-Assad.

Testemunhas relataram que a situação se mantém em relativa calma, ainda que com a inevitável tensão gerada pelo som esporádico de metralhadoras ou estrondos de canhões, além da patrulha militar em zonas urbanas.

Nesta terça-feira, o ministro do Interior do Líbano, Nouhad Mashnouq, anunciou que nos próximos dias será implementado um plano de segurança para o vale da Bekaa oriental, o que já havia sido anunciado há tempo e agora é retomado com algumas modificações.

Segundo o ministro, o plano para a Bekaa norte provavelmente será implantado no final de semana com cerca de mil militares e igual número de membros das Forças de Segurança Interna e da Segurança Geral para perseguir e neutralizar atividades criminosas em Baalbek e Hermel.

Aquela área é considerada um refúgio seguro para grupos que roubam carros, traficam drogas, sequestram pessoas e, mais recentemente, colaboram com os terroristas armados da Frente al-Nusra.

Ele indicou que planos estão sendo criados para solucionar a atual situação no acampamento de refugiados palestinos de Ain El-Hilweh, na cidade de Saida, sul do país, porque considera "inaceitável que esse bairro se converta em refúgio de marginais, especialmente de membros de organizações terroristas”.

Fonte: Prensa Latina