IBGE: Taxa de desemprego em 2014 cai para 6,8%

A taxa de desocupação no 4º trimestre de 2014 foi estimada em 6,5% para o Brasil. Esta estimativa apresentou queda na comparação com o 3º trimestre desse ano (6,8%) e crescimento frente ao 4º trimestre de 2013 (6,2%). No ano, a taxa ficou em 6,8%, abaixo dos 7,1% registrados em 2013 e dos 7,4% em 2012. A população desocupada também mostrou queda na comparação com o trimestre imediatamente anterior, passando de 6,7 milhões para 6,5 milhões de pessoas.

O nível da ocupação (indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar) foi estimado em 56,9% no 4º trimestre de 2014 no Brasil, permanecendo estável frente ao trimestre anterior (56,8%) e em relação ao 4º trimestre do ano passado (57,3%).

Também no 4º trimestre de 2014, 77,7% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada, contingente que aumentou 1,3% em relação ao 4º trimestre do ano anterior.

Desemprego entre mulheres é maior 

As análises apontaram diferenças significativas na taxa de desocupação entre homens e mulheres, comportamento verificado nas cinco grandes regiões. No 4º trimestre de 2014, a taxa foi estimada em 5,6% para os homens e 7,7% para as mulheres.

Regiões

Regionalmente, houve expansão da taxa de desocupação nas regiões Nordeste (de 7,9% para 8,3%), Sudeste (de 6,2% para 6,6%) e Centro–Oeste (de 4,9% para 5,3%) na comparação com o 4º trimestre de 2013, enquanto nas regiões Norte e Sul, o cenário foi de estabilidade desse indicador.

Jovens e estudantes

A taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos de idade (14,1%) continuou acima do estimado para a taxa média total. Este comportamento também foi verificado nas cinco grandes regiões, onde a taxa oscilou entre 8,4% no Sul e 17,4% no Nordeste. Já nos grupos de 25 a 39 e de 40 a 59 anos de idade, este indicador foi de 6,3% e 3,3%, respectivamente.

A taxa de desocupação para o contingente de pessoas com ensino médio incompleto (11,6%) era superior à verificada para os demais de níveis de instrução. Para o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 6,8%, o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo (3,4%).

Cresce o percentual de trabalhadores com carteira assinada

No 4º trimestre de 2014, 77,7% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada, um avanço de 0,6 ponto percentual em relação a igual trimestre de 2013. Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou que 32,1% tinham carteira de trabalho assinada no 4º trimestre de 2014, acima dos 31,1% registrados no mesmo trimestre do ano passado. Os militares e servidores estatutários correspondiam a 68,2% dos empregados do setor público.

As regiões Norte (64,8%) e Nordeste (63,4%) apresentaram os menores percentuais nesse indicador. No mesmo período, com exceção da região Sudeste, que registrou estabilidade, a proporção dos empregados do setor privado com carteira assinada aumentou em todas as regiões. No 4° trimestre de 2014, entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou que 32,1% deles tinham carteira de trabalho assinada, o que representou um avanço frente à proporção do 4º trimestre de 2013 (31,1%).

Os dados fazem parte da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) e foram divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (10). Ela leva em conta dados de 211.344 domicílios particulares permanentes distribuídos em cerca de 3.500 municípios.

Fonte: Portal IBGE