Palestina propõe negociação coletiva para paz com Israel na ONU
O embaixador da Palestina nas Nações Unidas, Riyad Mansour, propôs um mecanismo de negociação coletiva para pôr fim ao conflito com Israel, que inclua vários atores da comunidade internacional.
Publicado 11/02/2015 11:39
Na instalação neste ano do Comitê das Nações Unidas para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino, o diplomata precisou que além das partes, poderiam participar os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido) e as nações árabes.
E ainda, o observador permanente deixou aberta a possibilidade de incorporação ao processo outros países, como os integrantes do Comitê ou "aqueles dispostos a ajudar".
Segundo Mansour, um requisito necessário para a busca da paz é o fim da ocupação israelense, que data de 1967, mediante uma resolução do Conselho de Segurança.
Ele também reiterou a urgência da implementação da saída dos dois estados, um palestino e outro israelense, convivendo de maneira pacífica sob as fronteiras anteriores a 1967 e com Jerusalém como capital compartilhada (Jerusalém Oriental da Palestina e Jerusalém Ocidental de Israel).
O embaixador pediu que se aproveitasse o contexto do 70º aniversário da ONU e o 40º de criação do Comitê para atingir a solução duradoura reclamada pela comunidade internacional.
“Esperamos que em 2015 possamos coletivamente obter sucesso e lograr um acordo”, disse.
Para Mansour, só o compromisso político pode garantir o avanço do processo e evitar a intensificação dos confrontos.
“Quando se perde a esperança, pode surgir o extremismo dos dois lados”, advertiu.
Nesse sentido, o diplomata palestino pediu que Tel Aviv detivesse a ocupação e a colonização mediante assentamentos declarados ilegais pela ONU e outras instâncias.
Mansour defendeu ademais a participação da Palestina à Corte Penal Internacional, como um passo civilizado e pacífico, dirigido a lograr que Israel cumprisse com suas obrigações internacionais.
Durante sua primeira sessão de 2015, o Comitê reelegeu o embaixador senegalês, Fode Seck, na presidência, e os representantes permanentes Zahir Tanin (Afeganistão), Rodolfo Reyes (Cuba), Desra Percaya (Indonésia), Wilfried Emvula (Namíbia) e María Rubiales (Nicarágua) na vice-presidência.
Fonte: Prensa Latina