Mortalidade materna é tema de debate do Brics
A mortalidade materna constituiu hoje outro dos temas tratados no 2º Seminário de Funcionários e Especialistas em Questões Populacionais do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Publicado 13/02/2015 11:27

A preocupação pela saúde das gestantes e as garantias de nascimento dos bebês foram destacadas pelos representantes dos cinco países, com uma população próxima aos três bilhões de habitantes.
Esther Vilela, coordenadora geral de atenção à mulher do Ministério da Saúde do Brasil, assinalou que 98% dos partos são realizados em hospitais e destes 88% por médicos.
Ela enfatizou, no entanto, que os problemas de hipertensão, a infecção pós-parto e hemorragia figuram como as maiores causas das mortes durante o parto.
Vilela alertou que a inclinação pela realização de cesáreas representa um risco para as grávidas e afirmou que foi estimulada uma campanha para esclarecer os benefícios do parto normal.
“O Brasil trabalha também para melhorar a atenção e evitar demoras que ponham em perigo o processo de parto. Hoje em dia um dos maiores problemas é o atraso na assistência às mulheres durante o parto, pelo qual os esforços estão destinados a garantir a atenção de emergência nos hospitais a todas as mulheres em situação de risco”, destacou.
O representante da China, Wang Qian, diretor do Departamento de Serviços e População Migrante e de Planejamento Familiar, indicou que a maior preocupação se registra com as gestantes das zonas rurais.
Ele detalhou que o governo paga todos os serviços, mas em muitas ocasiões as grávidas não conseguem chegar aos hospitais das cidades.
Na África do Sul a situação é mais complicada, devido ao crescente número de infectadas com o vírus da aids, os casos de pneumonia e tuberculose.
“O país conta com uma cobertura total para os exames pré-natais, mas a presença das grávidas nos postos de saúde é baixa antes das 20 semanas”, sublinhou Pearl Holele, delegado desse território africano.
Holele indicou que o desafio principal é oferecer um tratamento completo e adequado para as mulheres contagiadas com a Aids, realizar visitas a domicílios das grávidas e oferecer uma assistência de emergência rápida.
No seminário abordou-se igualmente o tratamento de doenças de transmissão sexual, as vias para evitar o contágio, a educação sexual de jovens e adolescentes.
A reunião do Brics termina nesta sexta-feira (13) com a adoção de um plano de medidas para o período 2015-2020 que ajudem a melhorar o nível de vida dos cidadãos.
Fonte: Prensa Latina