SP: Prefeitos criam plano de contingência para encarar colapso hídrico

Prefeitos das regiões que estão sendo mais afetadas pelo colapso hídrico – como os municípios que são abastecidos pelo Sistema Alto Tietê e Cantareira –, resolveram agir diante da passividade do Governo do Estado de São Paulo e propuseram a criação de um plano de contingência para encarar o problema, que já afeta a vida das pessoas e causa impacto na economia. O anúncio foi feito pelo comitê, em reunião que ocorreu nesta sexta-feira (13).

Reunião crise - Reprodução

O plano vai prever, por exemplo, o abastecimento de instituições que não podem prescindir do fornecimento de água como escolas, hospitais e penitenciárias. Para o prefeito Fernando Haddad, um prazo adequado para apresentação do plano seria em torno de um mês. “O que nos foi apresentado hoje mostra que o pior cenário afasta a possibilidade de rodízio. Prepararemos tecnicamente um plano de contingência esperando não usá-lo”.

Os prefeitos, além de pedir a formação do comitê e a elaboração de um plano de contingência, querem a adoção de medidas de comunicação para manter a população informada.

Visita surpresa

Prevendo isolamento político e sem confirmar presença com antecedência na reunião, o governador Geraldo Alckmin chegou de surpresa ao fórum e ouviu as reivindicações dos prefeitos.

Apesar de se fazer presente, o tucano considera que o plano só será utilizado em um “pior cenário” e continua a negar que o estado viva um colapso hídrico e também nega que haja racionamento, porém, entra em contradição quando diz que um rodízio drástico poderá, em breve, ser implementado.

Crise já impacta no preço dos alimentos

Na Ceagesp, maior central de abastecimento de legumes, verduras e hortaliças da América Latina, instalada na zona oeste da capital paulista, os atacadistas já sentem os efeitos do colapso no estado de São Paulo. Desde o ano passado, quando começaram os problemas de falta de água para a irrigação, os agricultores vêm diminuindo as áreas de plantio e, com a estiagem e o calor excessivo, a produtividade caiu ainda mais.

Laís Gouveia, do Portal Vermelho,
Com agências