João Derly defende a pauta do esporte nas discussões da Câmara 

Aproveitando a proximidade dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, que acontecem no Rio de Janeiro em 2016, o deputado João Derly (PCdoB-RS) quer colocar o esporte na pauta da Câmara com a criação da Frente Parlamentar do Esporte. Em discurso no plenário da Câmara, ele também defendeu a mudança da Lei de Incentivo ao Esporte, alterando os números atuais e democratizando o financiamento do esporte brasileiro. 

João Derly defende a pauta do esporte nas discussões da Câmara

O deputado anunciou que protocolou na Câmara, com a adesão de mais de 200 parlamentares, o pedido de criação da frente, onde será debatida a Lei de Incentivo ao Esporte, cuja vigência termina este ano. A proposta do deputado e ex-judoca, é ampliar a abrangência e vigência da lei.

“A validade da atual lei encerra-se ao final do ano, mas eu proponho que ela seja ampliada, não somente até o fim dos Jogos do Rio em 2016, mas por um ciclo olímpico a mais, até 2020”, afirmou Derly.

E destacou a importância da lei, “que já proporcionou investimentos de mais de R$ 1 bilhão a entidades como clubes, federações e confederações, dando oportunidade a que grande número de atletas se mantenham no esporte brasileiro, representando o País no cenário mundial.”

Alterações propostas

No projeto já apresentado pelo deputado, alterando a Lei de Incentivo ao Esporte, ele destaca a importância de prorrogar até 2020 o prazo para dedução de impostos para empresas que investem no esporte, que seria extinto este ano.

“Além disso, o projeto inclui o lucro presumido, aumentando o número de empresas que podem investir e deduzir impostos, o que aumentará ainda mais o investimento no esporte brasileiro”, explica Derly, acrescentando que atualmente só podem ser patrocinadoras empresas jurídicas com lucro real, o que acaba limitando o universo de patrocinadoras, pois abrange somente grandes empresas.

“Isso dificulta a captação. Em virtude disso muitos projetos são aprovados, mas não conseguem captar recursos. Com a mudança, empresas de porte médio poderão ser patrocinadoras, o que aumentará esse universo e impulsionará os projetos esportivos brasileiros”, afirma Derly.

O projeto também aumenta os limites para dedução do Imposto de Renda de 1% para 3%, para pessoa jurídica, e de 6% para 9%, para pessoa física.

Para o deputado e ex-atleta, “medidas assim visam não somente o benefício ao alto rendimento, com recursos para grandes conquistas nos próximos Jogos, mas um aumento de recursos para a base da pirâmide. Para conquistarmos o maior legado possível, que é uma base sólida, estruturada e capaz de seguir formando campeões.”

Do Portal Vermelho
De Brasília, Márcia Xavier