GDF quer punir professores; PCdoB apoia grevistas

O governo do Distrito Federal pediu, na terça-feira (24), a proibição da paralisação dos professores iniciada na segunda (23), e a garantia do início do ano letivo, previsto para esta semana. O governo quer que os professores voltem ao trabalho e que o Sinpro, sindicato da categoria, seja multado em R$ 50 mil por cada dia de descumprimento. O PCdoB-DF emitiu nota (abaixo) solidarizando-se com os profissionais de educação e os estudantes.

GDF quer punir professores; PCdoB apoia grevistas

O Sinpro afirma que o único responsável pela suspensão das aulas é o governo, que não tem cumprido com um direito constitucional de todo trabalhador brasileiro.

Para a entidade, a tentativa do governo de descaracterizar um movimento legítimo de luta dos professores por seus direitos evidencia um ato de desespero por parte do executivo local.

A Câmara Legislativa do Distrito Federal realiza nesta quinta-feira, 26, às 15h, sessão deliberativa para debater a questão da educação no DF, em especialmente a paralisação das atividades.
Foram convidados representantes do Sinpro, da associação de pais e mestres, do Sindicato dos Auxiliares de Educação (SAE) e o secretário de Educação do GDF. Os professores e professoras poderão acompanhar a sessão da galeria da Câmara Legislativa.

No dia 27, sexta, haverá assembleia da categoria, às 14 horas, na Praça do Buriti.

Na segunda-feira, professores bloquearam o Eixo Monumental no início da tarde, em protesto contra atrasos no abono de férias e de parte do 13º salário, redução do número de coordenadores e alteração no calendário escolar.

O PCdoB emitiu nota apoiando a luta dos trabalhadores:

Em defesa da educação

Os comunistas sempre se dedicaram à luta em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Para nós, não há como conceber um país mais justo sem que a educação esteja presente. No Distrito Federal, também somos partícipes das lutas dos professores, demais profissionais do setor e estudantes, em defesa da educação.

A atual situação da educação pública no DF é grave e merece atenção de todos os que aqui moram.

Não há como conceber nenhuma justificativa para a quebra de direitos e garantias dos trabalhadores, principalmente de uma área importante como a educação.

A quebra de direitos básicos, como o pagamento de férias e 13º, além de serem ilegais, são imorais e atingem os trabalhadores e também os alunos de todo o DF.

 

De Brasília