Putin considera genocídio corte de gás a Donbass pela Ucrânia

Durante uma coletiva de imprensa após reunião com seu homólogo cipriota, Nikos Anastasiadi, que terminou com a assinatura de um pacote de acordos, o chefe do Kremlin afirmou que a suspensão das entregas do combustível a essas zonas do sudeste da Ucrânia "cheira a genocídio".

Ele comentou que, ao que parece, alguns dos atuais governantes de Kiev carecem de entendimento a respeito das questões humanitárias e da humanidade em geral. "O próprio conceito, em minha opinião, está bastante esquecido", disse aos jornalistas.

O líder russo disse que o gás pelo qual a Ucrânia já pagou garante três ou quatro dias, período depois do qual a empresa provedora Gazprom, de acordo com o contrato, suspenderá as entregas.

O estadista alertou que esta situação poderia representar uma ameaça para o transporte do hidrocarboneto para a Europa através dos gasodutos ucranianos.

O chefe do Kremlin recordou que nas entregas de gás à Ucrânia, inclusive os territórios das insurgentes República Popular de Donetesk (RPD) e de Lugansk (RPL), a empresa Gazprom se rege pelo contrato assinado em 2009 e em suas modificações mais recentes.

Fornece gás à Ucrânia nos volumes que precisa e em correspondência com a quantidade paga, explicou, e disse que nesse acordo também estão indicados os postos de controle localizados em território da RPD e da RPL.

Em tal sentido, não existe nenhuma violação por parte da corporação energética russa, segundo Putin.

Moscou tenta envolver os sócios europeus à solução do problema do gás na Ucrânia, indicou o presidente da Rússia.

Fonte: Prensa Latina