Iara Cassano: Menos juros e mais educação

Está marcada para a próxima terça-feira (3) mais uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), onde será decidido se o Brasil continuará sendo o campeão mundial nas taxas de juros. O que mais nos indigna é que a média internacional, incluindo países europeus em crise, é negativa (-1,5). Mesmo assim nas últimas 11 reuniões a taxa de juros aumentaram e o Brasil continua tendo o maior juro do mundo: 11,75%.

Por Iara Cassano*, no Portal da UNE

Iara Cassano - Arquivo pessoal

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, por sua vez, anunciou na última semana que o Brasil permanecerá por mais pelo menos dois anos sem crescer. Claro, não esperávamos nada diferente de um ministro que foi funcionário do Fundo Monetário Internacional em Washington, do Banco Central Europeu e do Ministério da Fazenda do governo Fernando Henrique Cardoso, onde ao lado de Armínio Fraga e em seguida de Palocci, implementou uma política de recessão, cortes nos investimentos e no setor público, arrocho salarial, juros altíssimos e enfraquecimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS).

Levy como ministro da Fazenda representa os interesses dos banqueiros e do mercado internacional e se torna o grande inimigo dos trabalhadores, dos estudantes e de todos que dependem do serviço público. Sua política não se propõe a tirar o país dessa situação de recessão, mas a piorá-la com juros mais altos, corte maior ainda nos gastos, financiamentos e investimentos públicos e atentados aos direitos trabalhistas.

Por isso convocamos todas e todos estudantes a irmos para porta do Banco Central, em São Paulo na próxima terça-feira (3) às 10 horas, exigir a diminuição da taxa de juros.

*Iara Cassano é secretária-geral da UNE