Argentina terá caças chineses na sua força aérea

A presidente argentina, Fernandez Cristina de Kirchner, fez uma visita de estado à China em fevereiro, firmando uma “equipe de trabalho dos caças” com o país asiático, segundo a revista britânica Jane’s Defense Weekly.

Caça J-1 da China

A equipe foi estabelecida para fazer a negociação sobre a importação argentina de 14 caças chineses, disse o periódico, que analisou as duas opções para a Argentina: os caças FC-1 e J-10. Isso significa que os caças chineses poderão em breve ser pintados com as cores celeste e branca.

Nos últimos anos, a China tem mantido uma cooperação estreita com a Argentina na área de equipamento tecnológico. Por exemplo, os dois países começaram a produzir em conjunto o helicóptero ligeiro modelo Z-11 em 2011

Durante a visita de Cristina pela China entre os dia 3 e 5 de fevereiro, a Argentina assinou uma cesta de acordos de cooperação militar com a China, que incluíram a exportação à Argentina do veículo de combate VN-1 e a fabricação do navio de escolta modelo P18 (modelo Malvinas para Argentina).

A introdução dos caças chineses representa o maior peso dos acordos. Conforme a Jane’s Defense Weekly, a Argentina teve dois pedidos – a participação do processo da atualização tecnológica dos aviões e a garantia do fornecimento contínuo das peças.

A força área da Argentina continua a usar os caças da época da Guerra das Malvinas, tais como o israelense “Lavi”, o francês Mirage 111A e o americano A-4 Skyhawk, que já estão aposentados e são exibidos nos museus dos países desenvolvidos. Após a Guerra das Malvinas, a Argentina importou dos EUA 34 caças A-4 usados.

Para atualizar os equipamentos da força aérea, a Argentina tentou comprar o caça sueco JAS-39, da qual 30% das peças foram produzidas no Reino Unido, que impediu esse negócio. Posteriormente, falhou o plano argentino de comprar caças da França e de Israel, devido à interferência dos britânicos.

Antes da China, a Rússia sugeriu à Argentina a comprar o seu avião de ataque SU-24, que, para Londres, não pode influenciar a sua vantagem militar nas Ilhas Malvinas. Por enquanto, o Reino Unido dispõe de seis caças “Eurofighter Typhoon” nas Malvinas, tendo a vantagem absoluta sobre o russo SU-24.

“Se o J-10 entrar na força aérea da Argentina, a situação vai mudar”, disse Jane’s Defense Weekly.

No Show Aéreo de Paris de 2013, os argentinos mostraram pela primeira vez os interesses pelo caça FC-1(Falcon), pesquisado pela China e Paquistão. Os representantes argentinos frisaram que o Falcon é equipado com o míssil antinavio CM-400AKG, que pode destruir o porta-aviões britânico durante uma batalha.

A China prometeu a montagem de uma linha de produção do “Falcon” na Argentina, revelou o website militar norte-americano Defense News. Desta vez, uma possível aquisição do caça J-10 atraiu os olhos da comunidade internacional. Para Jane’s Defense Weekly, o J-10 pode alcançar a velocidade máxima de 1,8 vezes maior que a do som, carregando os mísseis ar-ar, mísseis antinavio e mísseis antirradiação.

Fonte: Diário do Povo