Dia 13 de março: PCdoB vai às ruas em defesa da democracia

Ultimamente você vê na televisão ou nos jornais uma enxurrada de notícias ruins que até parece que está vivendo em outro país. Isso porque a mídia, os partidos de oposição ao governo e parte do Sistema Judiciário investem no quanto pior a situação do país, melhor está. Como se fosse um jogo de futebol, em que o time fica feliz quando um jogador do time adversário sai de campo machucado.

A diferença é que depois do jogo, os torcedores vão para casa e aquela partida afeta pouco sua vida. Quando a torcida é contra o Brasil é diferente. É construído um clima de instabilidade que afeta a economia, a geração de empregos, a credibilidade das empresas estatais e o ambiente no Congresso Nacional, que vira mais um Fla-Flu, marcado por agressões pessoais e pela ausência do debate de ideias e políticas públicas.

O jornalista Mauro Santayana disse em um artigo que “aqui no Brasil existe uma extrema direita radical mal informada e burra que acha que para ir contra o governo precisa torcer contra o país”. Essa turma pessimista não fala que em todo mundo há uma crise econômica que interfere diretamente nos países em desenvolvimento e que, mesmo assim, a situação brasileira é muito diferente de outros países.

Enquanto o governo de Dilma Rousseff age para manter o índice de desemprego baixo, que atualmente é de 5,3%; a Espanha alcançou o alarmante número de 25,1%; na França 10,6% ; na Itália 10,7% e nos Estados Unidos 7,8%.  

Defender o mandato de Dilma Rousseff é defender a democracia e o Brasil

Foi com o compromisso de manter o emprego e a distribuição de renda que Dilma foi reeleita. Esse foi o centro de seu programa que fez com que aglutinasse segmentos importantes e representativos da sociedade brasileira. Diferentes partidos políticos, movimentos sociais e intelectuais progressistas foram às ruas defender a presidenta e consagraram a quarta vitória de um governo progressista no Brasil.

O problema é que quem perdeu quer ganhar no tapetão, como fazem os times de futebol sem ética. Perderam na eleição, ameaçam a democracia brasileira e chegam a defender um golpe, como disse o senador José Serra em uma entrevista, que “Dilma não completaria o seu mandato”.

Essa postura de políticos conservadores dá força às vozes que estavam escondidas nos subsolos desde a ditadura e que voltam às ruas para pedir uma intervenção militar.

“A defesa do governo Dilma, não é a defesa dela somente, antes disso, é a defesa de um projeto que o PCdoB também constrói. E na hora da crise que nós comunistas mais sabemos lutar”, disse Orlando Silva, deputado federal e presidente do PCdoB-SP.

Defender a Petrobrás contra a privatização

A fórmula usada pela direita é sempre a mesma. Eles fazem uma campanha contra a Petrobrás para dizer que a empresa está no fundo do poço, que não tem mais jeito a não ser vendê-la. Foi assim que fizeram com várias empresas estatais na década de 90.

Só que a situação é bem diferente. A Petrobrás é hoje uma das principais empresas do mundo, a maior produtora de petróleo entre as empresas de capital aberto e chegou a superar a norte-americana ExxonMobil, no terceiro trimestre de 2014.

O PCdoB defende que a quadrilha criminosa opera o esquema de corrupção desde o governo de Fernando Henrique Cardoso seja punida, mas que a Petrobrás mantenha-se preservada e continue sendo patrimônio dos brasileiros.

Contra a corrupção e o financiamento empresarial de campanha

A principal causa da corrupção é o financiamento privado de campanha. As empresas doam dinheiro no período eleitoral e depois cobram uma fatura alta dos eleitos. Isso faz com que a cada quatro anos o valor declarado pelos candidatos ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cresce em uma média de 120%.

“A reforma política tem que ser democrática e para isso tem que ter como objetivo aumentar a participação popular e acabar com o financiamento privado. O parlamentar tem que governar para o povo e não para as empresas que pagam a sua campanha. O PCdoB não abre mão de apresentar essa bandeira”, defendeu Jamil Murad, presidente municipal do PCdoB.